Rússia ataca insurgentes na Síria, mas não do EI

A Rússia disse que havia lançado oito ataques aéreos com aviões de guerra Sukhoi durante a noite, acertando quatro alvos do Estado Islâmico. No entanto, as áreas onde afirmou ter agido não estão sob controle do Estado Islâmico

Avião de guerra Sukhoi SU-35 em Ryazan, na Rússia. 02/08/2015 REUTERS/Maxim Shemetov
Avião de guerra Sukhoi SU-35 em Ryazan, na Rússia. 02/08/2015 REUTERS/Maxim Shemetov (Foto: Gisele Federicce)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

BEIRUTE/MOSCOU (Reuters) - Jatos russos lançaram um segundo dia de ataques aéreos na Síria nesta quinta-feira, bombardeando as áreas controladas por uma aliança de insurgentes que inclui um grupo ligado à Al Qaeda, mas não os militantes do Estado Islâmico, os quais a Rússia disse ter atingido.

A Rússia disse que havia lançado oito ataques aéreos com aviões de guerra Sukhoi durante a noite, acertando quatro alvos do Estado Islâmico. No entanto, as áreas onde afirmou ter agido não estão sob controle do Estado Islâmico.

O canal de televisão Al-Mayadeen, pró-governo sírio, disse que jatos realizaram pelo menos 30 ataques contra uma aliança insurgente conhecida como Exército da Conquista. A aliança inclui a Frente Nusra, ramo sírio da Al Qaeda, mas não o Estado Islâmico, que declarou um califado em porções de território da Síria e do Iraque.

continua após o anúncio

O Exército da Conquista tem avançando contra as forças do governo no noroeste da Síria nos últimos meses, e tem o apoio de países regionais que se opõem tanto o presidente Bashar al-Assad como ao Estado Islâmico.

A decisão da Rússia de se juntar à guerra com ataques aéreos em nome de Assad é um importante ponto de virada no envolvimento estrangeiro no conflito.

continua após o anúncio

Os Estados Unidos estão liderando uma aliança separada, lançando ataques aéreos contra os combatentes do Estado Islâmico, o que significa que as superpotências inimigas da Guerra Fria agora estão empenhadas em combates aéreos num mesmo país pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial.

Ambos dizem ter como alvo um inimigo comum, o Estado Islâmico. Mas também têm diferentes amigos e visões opostas de como resolver uma guerra civil de quatro anos que já matou mais de 250.000 pessoas e levou mais de 10 milhões a abandonarem suas casas.

continua após o anúncio

Washington e seus aliados se opõem tanto ao Estado Islâmico como a Assad, acreditando que ele tem de deixar o poder em qualquer acordo de paz. Moscou apoia o presidente sírio e acredita que o seu governo deveria ser a peça central dos esforços internacionais para combater os grupos extremistas.

A Rússia diz que seus ataques aéreos são mais legítimos do que os da aliança liderada pelos Estados Unidos porque têm o aval de Assad, e mais eficazes porque podem coordenar esforços com as forças do governo para localizar os alvos.

continua após o anúncio

O Ministério da Defesa da Rússia disse que aviões Sukhoi-24M e Sukhoi-25 fizeram oito saídas, atingindo um depósito de munição perto de Idlib, bem como um prédio de três andares do centro de comando do Estado Islâmico perto de Hama. Além disso, informou que um ataque destruiu uma instalação localizada no norte de Homs destinadas a equipar carros com explosivos para ataques suicidas.

O Estado Islâmico, que se baseia em grande parte no norte e no leste da Síria, não tem presença substancial em Hama ou Homs.

continua após o anúncio

(Reportagem de Sylvia Westall e Tom Perry em Beirute, Andrew Osborn e Lidia Kelly em Moscou)

continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247