Irã diz que foi-se o tempo em que os EUA decidiam pelo mundo

Hassan Rohani, presidente iraniano, disse na última segunda-feira (21), que os Estados Unidos não podem tomar decisões pelo Irã e por outros "países independentes", apesar de, em alguns casos, "conseguirem avanços na sua agenda por via das pressões".

Presidente do Irã, Hassan Rouhani, durante coletiva de imprensa em Nova York, Estados Unidos 20/09/2017 REUTERS/Stephanie Keith
Presidente do Irã, Hassan Rouhani, durante coletiva de imprensa em Nova York, Estados Unidos 20/09/2017 REUTERS/Stephanie Keith (Foto: Reinaldo)


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247 - "Quem são vocês para tomarem decisões pelo Irã e pelo mundo? Hoje, o mundo não aceita que a América decida por todos [...]. Esse tempo acabou", disse o presidente iraniano, Hassan Rohani, citado pela PressTV e a RT.

Afirmando que a atual administração dos EUA retrocedeu à "era de George W. Bush", em 2003, Rouhani rejeitou o verdadeiro ultimato que Mike Pompeo, secretário de Estado dos EUA, fez no domingo ao seu país, exigindo ao Irã que proceda a profundas alterações na sua política interna e externa, sob ameaça de sanções e estrangulamento da economia.

Falando na segunda-feira na Heritage Foundation, em Washington, Pompeo disse que os EUA aumentarão a pressão financeira sobre o Irã, impondo-lhe as "sanções mais fortes de sempre", caso Teerã se recuse a aceitar as exigências feitas sobre sua política interna e externa.

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Pompeo enumerou 12 "exigências básicas" e disse aos iranianos que não duvidassem da "seriedade" da ameaça. Na lista dirigida a Teerã, contam-se não só a exigência de pôr fim, a título definitivo, a qualquer programa relacionado com atividade nuclear, mas também a de alterar a política externa regional.

Entre outras coisas, Mike Pompeo disse que o Irã tem de parar com o desenvolvimento de mísseis, "libertar todos os cidadãos norte-americanos", sair da Síria e deixar de apoiar grupos que os EUA consideram "terroristas", nomeadamente o Hesbolá.

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Acordo nuclear

O discurso de Pompeo segue-se ao anúncio, feito pelo presidente dos EUA em 8 de Maio, de que Washington sai do acordo nuclear, oficialmente conhecido como Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), que foi subscrito em 2015 pelo Irã e o Grupo 5+1 (os cinco membros com assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas – EUA, Reino Unido, França, Rússia e China – e a Alemanha).

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