Mídia turca diz que jornalista saudita foi morto na presença de cônsul-geral
Um jornal governista turco publicou nesta quarta-feira (17) um relato sobre o suposto assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi no consulado da Arábia Saudita em Istambul
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247, com AP e EFE - Um jornal governista turco publicou nesta quarta-feira (17) um relato sobre o suposto assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi no consulado da Arábia Saudita em Istambul.
A reportagem do jornal Yeni Safak faz aumentar a pressão sobre a Arábia Saudita para que explique o que aconteceu com Khashoggi, que desapareceu no dia 2 de outubro durante visita ao consulado.
Segundo os relatos, o jornalista foi morto minutos após entrar no consulado, dentro do escritório do cônsul-geral, e não chegou a ser interrogado.
Uma equipe da polícia turca entrou na quarta-feira na residência do cônsul saudita em Istambul para fazer uma inspeção em busca de pistas que permitam esclarecer o que aconteceu com o jornalista saudita Jamal Khashoggi.
A emissora turca "NTV" mostrou imagens da chegada da equipe, que pretendia fazer a operação na noite anterior, mas precisou adiar o procedimento por causa da falta de cooperação das autoridades sauditas.
O ministro do Interior da Turquia, Süleyman Soylu, admitiu na quarta-feira que a inspeção havia sido suspensa porque "não houve acordo" com a delegação saudita. De acordo com o ministro das Relações Exteriores turco, Mevlüt Çavusoglu, o motivo alegado foi que a família do cônsul estava na residência.
O próprio cônsul, Mohammed Otaibi, viajou para Riad, a capital saudita, e foi destituído do cargo, segundo a imprensa local.
Jamal Khashoggi, um jornalista saudita exilado nos Estados Unidos que recentemente passou a criticar o rumo da monarquia no país natal, entrou no consulado saudita em Istambul para buscar documentos no dia 2 de outubro, mas nunca mais saiu.
O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo teve encontros com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e com o chanceler, Mevlut Cavusoglu, por cerca de 40 minutos cada na capital turca, Ancara.
Em nota divulgada após os encontros, o Departamento de Estado afirmou que o secretário está preocupado com a situação e manifestou a disposição americana em ajudar com as investigações. Cavusoglu se limitou a dizer que a reunião foi "benéfica".
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247