Embaixador francês em Washington diz que os EUA já não são os xerifes do mundo
O embaixador da França nos Estados Unidos, Gérard Araud, é crítico em relação à política externa de Washington nos últimos anos. Ele afirmou que devido às posturas e medidas de Washington tomadas para com seus parceiros e inimigos, os Estados Unidos já não podem ser o xerife do mundo. "O papel dos EUA como xerife do mundo acabou
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HispanTV - O embaixador da França nos Estados Unidos, Gérard Araud, é crítico em relação à política externa de Washington nos últimos anos. Ele afirmou que devido às posturas e medidas de Washington tomadas para com seus parceiros e inimigos, os Estados Unidos já não podem ser o xerife do mundo. "O papel dos EUA como xerife do mundo acabou".
Em entrevista concedida a The Atlantic e publicada na sexta-feira (19), Araud se referiu à questão nuclear iraniana e ao chamado "acordo do século" para a questão palestina.
Sobre a questão nuclear iraniana, o chefe da missão francesa em Washington disse que a decisão unilateral do presidente dos EUA, Donald Trump, de retirar seu país do acordo nuclear assinado em 2015 pelo Irã e o Grupo 5+1 (EUA, Reino Unido, Rússia, França e China, mais a Alemanha), surpreendeu Paris.
O embaixador da França afirmou que seu país estava negociando com os parceiros para avançar no acordo nuclear. "De repente, tudo se acabou em uma noite. Ninguém tinha sido alertado e na noite seguinte ninguém podia explicar as razões da decisão dos EUA, disse Araud.
Em outro momento da entrevista, o diplomata francês se referiu à questão da Palestina, prevendo que o chamado "acordo do século" fracassará em 99 por cento.
"Este plano (o acordo do século) está muito próximo do que querem os israelenses, mas pode fracassar em 90%", sublinhou.
O controvertido plano de Trump para supostamente "resolver a questão palestino-israelense" inclui, entre outras medidas a favor de Israel, o rechaço do direito ao retorno à sua terra dos refugiados palestinos, expulsos dela depois da instauração do regime de ocupação israelense em 1948.
Araud acrescentou que com o "acordo do século" que "é um plano de 50 páginas", o presidente estadunidense pode ser o mais adequado para promover os interesses do regime de Israel.
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