“A América Latina tem uma das piores imprensas do mundo”
Presidente reeleito no Equador neste domingo, Rafael Correa afirma buscar "uma nova Lei de Comunicação que regule os claros excessos que tem certa imprensa". Segundo ele, o que o seu governo quer é "uma imprensa honesta e responsável"
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247 – Reeleito com folga à presidência do Equador neste domingo 17, Rafael Correa declarou que pretende buscar "uma nova Lei de Comunicação que regule os claros excessos que tem certa imprensa". Ele justifica: "A América Latina tem uma das piores imprensas do mundo". E por isso, defende que seu país tenha "uma imprensa honesta e responsável".
O setor da imprensa é uma das prioridades do presidente, que ganhou destaque no mundo todo no ano passado, quando concedeu asilo diplomático ao fundador do WikiLeaks, que cumpria prisão domiciliar na Inglaterra e afirma ser perseguido pelo governo norte-americano depois de ter publicado documentos sigilosos da Casa Branca e de empresas.
Para alguns setores da imprensa equatoriana, o gesto de Correa foi uma forma de melhorar sua imagem quanto à liberdade de expressão. Mas a verdade é que, independente do objetivo, seu nome passou a ser relacionado ao tema democracia depois de ter sido o primeiro procurado por Assange.
Correa nega interesse em herdar lugar de Chávez
O presidente reeleito diz considerar um exagero da imprensa privada a análise de que o presidente venezuelano, Hugo Chávez, seria o líder da esquerda na América Latina. Principal cotado para exercer esse papel deixado vago por Chávez, que está internado há mais de dois meses, ele negou o interesse.
"Estamos construindo isso juntos. É a imprensa, são certos grupos, que colocam Hugo como líder, o caudilho, e que todos estamos atrás, quando nós que o conhecemos sabemos que ele é a pessoa mais simples do mundo", afirmou.
Em nome de Chávez e de seus colegas de Argentina, Bolívia e Nicarágua, além dos líderes cubanos Raúl e Fidel Castro, Correa afirmou que "não buscamos nada para nós, e sim estaremos onde formos mais úteis para nossas pátrias pequenas e para a pátria grande".
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