Capriles desafia Maduro em reduto chavista
"Hoje as ruas de Caracas se encheram de alegria, de esperança. Hoje as ruas de Caracas confirmam o que vai acontecer no próximo domingo", disse Capriles, também governador de Miranda; comício reuniu milhares de simpatizantes
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Por Eyanir Chinea e Diego Ore
CARACAS, 7 Abr (Reuters) - O candidato de oposição à Presidência da Venezuela, Henrique Capriles, convocou neste domingo milhares de seguidores para um comício em um reduto histórico chavista, no centro de Caracas, desafiando o presidente da Venezuela e também candidato, Nicolás Maduro, a apenas uma semana das eleições.
A avenida Bolivar, no centro da capital, que normalmente é tomada pelo vermelho usado por seguidores do presidente morto Hugo Chávez, ficou abarrotada de opositores que vestiam amarelo, azul e vermelho, cores da bandeira venezuelana.
"Hoje as ruas de Caracas se encheram de alegria, de esperança. Hoje as ruas de Caracas confirmam o que vai acontecer no próximo domingo", disse Capriles, também governador de Miranda.
"O que vemos nas pesquisas, vemos nas ruas: estamos ganhando e vamos ganhar este processo. 20 dias atrás isso parecia impossível", acrescentou o político, cercado por bandeiras de opositores que o apioam.
Milhares de venezuelanos compareceram ao local, vindos de diversos pontos da capital, para demonstrar apoio ao candidato, que no próximo domingo vai disputar a Presidência pela segunda vez em seis meses, depois da morte de Chávez, que lutou durante dois anos contra um câncer originado na pelvis.
Apesar do otimismo, no entanto, o político de 40 anos aparece na maioria das pesquisas, ao menos, com 10 pontos percentuais atrás de Maduro.
Maduro, designado pelo próprio Chávez como seu sucessor, tenta se mostrar similar ao seu padrinho e propõe seguir guiando a Venezuela pelo caminho do socialismo do século 21 com grande controle estatal sobre a economia.
Capriles, de seu lado, defende um governo que diz ser inspirado no do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que em dois mandatos retirou 20 milhões da pobreza.
Os venezuelanos vão às urnas no próximo domingo.
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