Nas urnas, o futuro também da América Latina

Venezuela elege, neste domingo, não apenas o primeiro presidente depois da era Chávez, mas também o homem que irá administrar as maiores reservas de petróleo do mundo; vitória de Nicolas Maduro ou de Henrique Capriles será determinante para vários países da América Latina, como Cuba, Bolívia, Equador e mesmo o Brasil, cujas empresas exploraram oportunidades de negócios na Venezuela; pesquisas dão vantagem a Maduro, mas a folga é inferior a dez pontos

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247 - Neste domingo, 18.903.143 venezuelanos decidirão sobre o futuro de seu país e da própria América Latina. As últimas pesquisas eleitorais dão a Nicolas Maduro, herdeiro de Hugo Chávez, uma vantagem que oscila entre 7 e 9 pontos percentuais – o que sinaliza uma disputa mais apertada do que se previa. Henrique Capriles, que foi governador do estado de Miranda e lidera a oposição, promete acabar com a "diplomacia petroleira" da Venezuela. Como dispõe das maiores reservas de petróleo do mundo, a Venezuela ajuda vizinhos latino-americanos, como Cuba, Bolívia e Equador. É por isso mesmo que a eleição deste domingo coloca em jogo não apenas o futuro da Venezuela, na era pós-Chávez, mas também de seus vizinhos. Com Chávez, as empresas brasileiras foram as que melhor aproveitaram as oportunidades de negócio na Venezuela.

Leia abaixo o noticiário da Reuters:

By Daniel Wallis

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CARACAS, April (Reuters) - Os venezuelanos decidem neste domingo se cumprem o último desejo de Hugo Chávez, de que um fiel aliado dê prosseguimento ao seu programa de governo socialista, ou se entregam o poder a um jovem político que promete administrar o país com foco nos negócios.

O presidente interino, Nicolás Maduro, tem uma vantagem de dois dígitos na maioria das pesquisas de intenção de voto, em grande parte graças ao apoio que Chávez lhe manifestou antes de morrer de câncer, no mês passado.

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Mas a diferença entre os dois candidatos diminuiu nos últimos dias de campanha, e uma das pesquisas aponta vantagem de apenas 7 pontos porcentuais para Maduro.

Seu rival, o governador do Estado de Miranda, Henrique Capriles, diz que os venezuelanos estão cansados das políticas divisionistas dos chavistas e que o apoio que vem obtendo cresceu a ponto de lhe garantir uma surpreendente vitória nas urnas.

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Maduro, de 50 anos, ex-motorista de ônibus, enfatiza em todos os comícios a sua origem na classe trabalhadora e promete, se eleito, levar adiante o "socialismo do século 21" de Chávez.

"Estamos trabalhando para ter uma vitória gigante. Quanto maior a margem, mais pacífico será o país", disse Maduro, homem de porte robusto. "Se a diferença for pequena, será somente porque eles (a oposição) conseguiram confundir um grupo de venezuelanos".

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O vencedor herdará o controle das maiores reservas de petróleo do mundo em uma nação cuja profunda polarização política é um dos muitos legados de Chávez.

Também está em jogo a generosa ajuda econômica concedida por Chávez a governos de esquerda na América Latina, como Cuba e Bolívia.

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Os dois lados fizeram um chamado a seus seguidores para votarem cedo e estarem alertas para a possibilidade de fraudes. Considerando a arraigada desconfiança mútua, se houver uma diferença pequena entre os candidatos ou se o resultado for contestado poderá haver distúrbios.

Na eleição presidencial de outubro, na qual Chávez obteve seu quarto mandato, o comparecimento às urnas chegou a 80 por cento. Desta vez, contudo, os dois lados avaliam que a abstenção poderá ser maior por causa da fadiga eleitoral. As primárias da oposição no ano passado se seguiram à dramática reeleição de Chávez, então convalescente, e à votação para escolha dos governadores, em dezembro.

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Durante a campanha, Maduro colou sua imagem à de Chávez. Em eventos por todo o país, os seus partidários gritavam "Com Chávez e Maduro, as pessoas estão a salvo!" e "Chávez, eu te juro, eu vou votar em Maduro!"

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