PM diz que Francischini foi informado de ação

O comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, César Vinicius Kogut, respondeu, por meio de carta enviada ao governador Beto Richa (PSDB), as declarações do secretário de Segurança Pública, Fernando Francischini, de que a culpa pelo massacre que resultou em mais de 200 professores feridos era da corporação policial; no texto, Kogut, que deverá ser substituído nos próximos dias, afirma que Francischini teria sido "alertado inúmeras vezes pelo comando da Tropa empregada e pelo Comandante-Geral sobre os possíveis desdobramentos durante a ação"

O comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, César Vinicius Kogut, respondeu, por meio de carta enviada ao governador Beto Richa (PSDB), as declarações do secretário de Segurança Pública, Fernando Francischini, de que a culpa pelo massacre que resultou em mais de 200 professores feridos era da corporação policial; no texto, Kogut, que deverá ser substituído nos próximos dias, afirma que Francischini teria sido "alertado inúmeras vezes pelo comando da Tropa empregada e pelo Comandante-Geral sobre os possíveis desdobramentos durante a ação"
O comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, César Vinicius Kogut, respondeu, por meio de carta enviada ao governador Beto Richa (PSDB), as declarações do secretário de Segurança Pública, Fernando Francischini, de que a culpa pelo massacre que resultou em mais de 200 professores feridos era da corporação policial; no texto, Kogut, que deverá ser substituído nos próximos dias, afirma que Francischini teria sido "alertado inúmeras vezes pelo comando da Tropa empregada e pelo Comandante-Geral sobre os possíveis desdobramentos durante a ação" (Foto: Paulo Emílio)


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Paraná 247 - O comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, César Vinicius Kogut respondeu, por meio de cara enviada ao governador Beto Richa (PSDB), as declarações do secretário de Segurança Pública, Fernando Francischini, de que a culpa pelo massacre que resultou em mais de 200 professores feridos era da corporação policial. Segundo Kogut, deverá ser substituído nos próximos dias, Francischini teria sido "alertado inúmeras vezes pelo comando da Tropa empregada e pelo Comandante-Geral sobre os possíveis desdobramentos durante a ação".

Na carta, Kogut afirma que os policiais militares agiram para cumprir "o papel constitucional de preservação da ordem pública", bem como para impedir que os manifestantes invadissem o prédio da Assembleia Legislativa. O tenente-coronel disse não ser possível "que seja atribuída a tão nobre corporação a pecha de irresponsável ou leviana por não ter sido realizado um planejamento, ou mesmo que tenha sido negligente durante a operação, pois todas as ações foram tomadas seguindo o Plano de Operações elaborado, o qual foi aprovado pelo escalão superior da SESP, tendo inclusive o Senhor Secretário participado de diversas fases do planejamento".

Leia abaixo a carta na íntegra:

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"CARTA AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR GOVERNADOR DO ESTADO DO PARANÁ

O Comando da Polícia Militar do Paraná, instituição sesquicentenária que labuta diariamente em prol da segurança pública do Estado do Paraná, cumprindo incansavelmente a sua missão constitucional, vem perante Vossa Excelência manifestar o seu repúdio às declarações atribuídas pela Imprensa ao Secretário de Estado da Segurança Pública, em data de 04 de maio de 2015 – e até agora não desmentidas – as quais atribuem única e tão somente à PMPR a responsabilidade pelos fatos ocorrido em 29 de abril de 2015, quando da manifestação dos professores, pelos fundamento abaixo delineados.

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a) A Polícia Militar do Paraná esteve presente no dia 29 de Abril de 2015, cumprindo o seu papel constitucional de preservação da ordem pública, no intuito de garantir a ordem pública e impedir uma possível invasão à Assembleia Legislativa do Estado do Paraná, em atendimento ao interdito proibitório expedido pela Justiça paranaense, devidamente comandada, com planejamento prévio e ciente dos desdobramentos que poderia advir.

b) Que o Senhor Secretário de Segurança Pública foi alertado inúmeras vezes pelo comando da Tropa empregada e pelo Comandante-Geral sobre os possíveis desdobramentos durante a ação e que mesmo sendo utilizadas as técnicas internacionalmente reconhecidas como as indicadas para a situação, pessoas poderiam sofrer ferimentos, como realmente ocorreu, tendo sido vítimas manifestantes e policiais militares empregados na operação.

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c) Que imediatamente após os fatos foi determinada a abertura de Inquérito Policial Militar para a apuração dos possíveis excessos, no sentido de serem responsabilizados todos os que tenham dado causa aos mesmos.

d) O que não se pode admitir em respeito à tradição da Polícia Militar do Paraná, seus Oficiais e Praças, que seja atribuída a tão nobre corporação a pecha de irresponsável ou leviana, por não ter sido realizado um planejamento, ou mesmo que tenha sido negligente durante a operação, pois todas as ações foram tomadas seguindo o Plano de Operações elaborado, o qual foi aprovado pelo escalão superior da SESP, tendo inclusive o Senhor Secretário participado de diversas fases do planejamento, bem como é importante ressaltar que no desenrolar dos fatos o Senhor Secretário de Segurança Pública era informado dos desdobramentos.

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e) O Comando e os demais integrantes da Corporação deixam claro a Vossa Excelência que nunca deixarão de cumprir o seu juramento desempenhar com honra, lealdade e sacrifício de sua própria vida, as suas obrigações, na defesa da Pátria, do Estado, da Constituição e das Leis.
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Curitiba, R, 5 de Maio de 2015.

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Cel. QOPM Cesar Vinícius Kogut,

Comandante-Geral da PMPR"

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