Campos se compromete com fim da reeleição

Governador pernambucano publica artigo em que defende o mandato presidencial de cinco anos e o fim da reeleição, o que é uma condição necessária para que a ex-senadora Marina Silva seja sua vice; sua proposta de reforma política prega também maior democracia direta, com mais plebiscitos e referendos, e a possibilidade de candidaturas avulsas, sem a exigência de filiação partidária

Campos se compromete com fim da reeleição
Campos se compromete com fim da reeleição (Foto: Guga Matos / JC Imagem)


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PE 247 - O governador pernambucano Eduardo Campos divulgou um texto, neste fim de semana, com os principais pontos de sua reforma política. Ele defendeu o fim da reeleição, mandatos de cinco anos, democracia direta e candidaturas avulsas. Leia abaixo:

"A crise que a política brasileira vive é decorrente de um afastamento cada vez maior entre sociedade e políticos. O País possui hoje um arranjo político gasto e envelhecido, polarizado em dois partidos que estão mais preocupados em se alternar no poder que com o bem estar do povo. Reformar o Estado brasileiro, tornando-o mais dinâmico, justo e democrático é fundamental para que o Brasil viva um novo modelo de desenvolvimento.

Para isso, é necessário abandonar práticas que surgem como obstáculos ao crescimento da democracia, além de criar novos mecanismos que aumentem a participação popular, reconectando eleitos e eleitores. À frente das ideias que defendemos, está o fim da reeleição para cargos executivos, que impediria o gasto de tempo e recursos públicos em campanhas políticas, além do estabelecimento do mandato de cinco anos, que possibilita o estabelecimento e acompanhamento maior de metas a médio e longo prazo. É preciso, também rever a legislação de financiamento eleitoral para diminuir a influência de recursos econômicos em eleições, e instituir a possibilidade de candidaturas avulsas, extinguindo a exigência de filiação partidária.

Mas são importantes, também, mudanças no relacionamento entre governo e sociedade para diminuir o muro que separa os políticos dos brasileiros reais. É preciso criar novas tecnologias de informação para envolver a população na tomada de decisões em assuntos de interesse público. Também defendemos a ampliação da democracia direta, na forma de plebiscitos e referendos, a redução do número de assinaturas exigidas para a proposição de projetos de lei por iniciativa popular e o aperfeiçoamento de conselhos com representantes da sociedade civil, que precisam ter suas funções e importância ampliadas.

Com isso, daremos início a um novo ciclo na democracia brasileira, rompendo o muro que separa os brasileiros reais dos políticos. E fazendo com que a democracia finalmente seja realmente democratizada, funcionando para todos os brasileiros de cada recanto do País."

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