Armando acusa PSB de lançar "bolsa eleição"
Pré-candidato ao governo de Pernambuco pelo PTB, senador Armando Monteiro acusou o PSB de “oferecer uma bolsa eleição” para os prefeitos petebistas pernambucanos, caso mudassem de lado e apoiassem o pré-candidato do PSB, Paulo Câmara; "Temos que ver se isto não está vinculado ao governo de Pernambuco", acusou o petebista; crítica aconteceu depois que dois prefeitos pernambucanos do PTB anunciaram apoio ao socialista
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Pernambuco 247 - O pré-candidato ao governo de Pernambuco pelo PTB, Armando Monteiro, acusou o PSB de “oferecer uma bolsa eleição” para os prefeitos petebistas pernambucanos, caso mudassem de lado e apoiassem o ex-secretário da Fazenda e pré-candidato do PSB ao governo pernambucano, Paulo Câmara. O disparo aconteceu após a manifestação de dois prefeitos pernambucanos do PTB, que anunciaram apoio ao socialista.
De acordo com Armando, reuniões acerca do tema foram realizadas dentro da sede do governo pernambucano, o Palácio do Campo das Princesas. Nos encontros, os socialistas teriam prometido uma “ajuda dada em caráter extraordinário, na forma de rações, obras e recursos” para os gestores do PTB que apoiassem Câmara. “Precisamos saber se isso está vinculado ao governo de Pernambuco”, acusou o senador, nesta sexta-feira (25), durante coletiva de imprensa.
“Eu ainda dou um crédito ao governador João Lyra [PSB]”, afirmou Armando, acrescentando não acreditar que o socialista estaria envolvido nas reuniões. “Mas como é que de uma hora para outra as pessoas se posicionam assim?”, questionou o parlamentar. Apesar das críticas, o senador afirmou que o PTB ainda não cogita expulsar os prefeitos que mudaram de lado. Armando também declarou que não deve acionar a Justiça Eleitoral em busca de esclarecimentos.
De acordo com Armando, ainda é preciso ver se as promessas feitas pelo governo estadual são verdadeiras, e investigar qual o critério para a escolha das cidades beneficiadas. “Por que só para os prefeitos do PTB? E os outros municípios?”, perguntou Armando, acrescentando que existem indicações claras de que a máquina pública está sendo usada para fins eleitorais.
Na última semana, o prefeito Bruno Martiniano (PTB), de Gravatá, no Agreste de Pernambuco, e a prefeita Madalena Brito (PTB), de Arcoverde, no Sertão pernambucano, declararam apoio a Câmara, e justificaram a decisão como sendo “a melhor opção” para o município que administravam. Nesta quinta-feira (25), a prefeita Lúcia Mariano (PSB), da cidade de Afrânio, no Sertão do estado, também trocou de lado e decidiu apoiar Armando na disputa pernambucana.
No caso da prefeitura de Arcoverde, onde teriam sido oferecidos R$ 11 milhões em obras, Armando refutou a ideia de que a administração teria passado de lado devido à falta de atenção do governo federal. De acordo com o parlamentar, só no município, a União investiu R$ 40 milhões para a construção da adutora do Jatobá, que deve abrir três poços com mil metros de profundidade.
Já a cidade de Gravatá deve ser abordada detalhadamente pelo parlamentar durante uma coletiva de imprensa marcada para este sábado (26) em um hotel da cidade. A defesa do governo federal realizada por Armando se deve devido à aliança entre o senador e o partido da presidente Dilma Rousseff (PT), que conta com a candidatura do deputado federal João Paulo (PT-PE) ao Senado na chapa.
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