Firma de vigilância bancou jato; PSB se diz "alheio"

Empresa apontada como pagadora oficial das despesas operacionais do avião usado pelos candidatos do PSB à Presidência, Eduardo Campos e Marina Silva, funciona em casa da periferia de São Lourenço da Mata (PE); dono sinaliza que foi usado como laranja; PSB não comenta assunto e diz que uso da aeronave foi autorizado pelos empresários João Carlos Lyra e Apolo Santana, investigado pela PF; em nota, partido afirma que ficou “alheio às negociações”

Empresa apontada como pagadora oficial das despesas operacionais do avião usado pelos candidatos do PSB à Presidência, Eduardo Campos e Marina Silva, funciona em casa da periferia de São Lourenço da Mata (PE); dono sinaliza que foi usado como laranja; PSB não comenta assunto e diz que uso da aeronave foi autorizado pelos empresários João Carlos Lyra e Apolo Santana, investigado pela PF; em nota, partido afirma que ficou “alheio às negociações”
Empresa apontada como pagadora oficial das despesas operacionais do avião usado pelos candidatos do PSB à Presidência, Eduardo Campos e Marina Silva, funciona em casa da periferia de São Lourenço da Mata (PE); dono sinaliza que foi usado como laranja; PSB não comenta assunto e diz que uso da aeronave foi autorizado pelos empresários João Carlos Lyra e Apolo Santana, investigado pela PF; em nota, partido afirma que ficou “alheio às negociações” (Foto: Roberta Namour)


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247 – O jato Cessna que caiu em Santos com a comitiva do PSB a bordo tem dono fantasma. No entanto, a empresa apontada como pagadora oficial das despesas operacionais do avião usado pelos candidatos do PSB à Presidência, Eduardo Campos e Marina Silva, é a Lopes & Galvão Ltda.

A firma de vigilância, que não é cadastrada, funciona em uma casa simples da periferia de São Lourenço da Mata (PE) e aparece como pagadora de serviços de parqueamento e atendimento para a aeronave PR-AFA. O gasto mensal foi avaliado em R$ 30 mil.

Procurado pelo Globo, os donos sinalizaram que foram usados como laranja no esquema. “Você acha que se tivéssemos esse dinheiro todo eu moraria aqui em Tiúma? Longe de tudo, nessa rua”, disse uma das filhas do proprietário Genivaldo Galvão Lopes.

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O avião foi comprado da AF Andrade, de Ribeirão Preto, em 2014 pelos empresários João Carlos Lyra e Apolo Santana Vieria, investigado pela PF. No entanto, no contrato de venda não consta o nome do comprador. O pagamento teria sido feito por empresas fantasmas.

O PSB também não declarou o uso do jato na campanha, o que pode ser considerado crime eleitoral. Pressionado, o partido tenta se eximir da responsabilidade sobre a aeronave.

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Leia a reportagem publicada pelo Infomoney sobre o assunto:

SÃO PAULO - O PSB informou há pouco por meio de comunicado que estava "alheio às negociações" que estavam em andamento entre empresários de São Paulo e de Pernambuco para comprar o avião da campanha de Eduardo Campos, presidenciável da legenda que morreu após acidente aéreo em 13 de agosto.

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Em comunicado, a sigla relaciona transações realizadas entre as empresas para adquirir a aeronave utilizada pela campanha do peessebista.

De acordo com o PSB, a empresa AF Andrade, de Ribeirão Preto, era a arrendatária da aeronave junto à Cessna Finance, que financia a venda de aviões da Cessna, a fabricante.

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Segundo a legenda, em maio, a AF Andrade solicitou a transferência do contrato de leasing para os empresários João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho e Apolo Santana Vieira, dos grupos empresariais BR-Par Participação e Bandeirantes Cia. Pneus Ltda. de Pernambuco, respectivamente.

O partido reiterou que os dois empresários pernambucanos foram responsáveis pela autorização do uso da aeronave pela campanha de Campos. De acordo com a sigla, a transferência de leasing ainda não foi concretizada, porque a Cessna Finance não aprovou as garantias oferecidas pelos empresários, que já teriam efetuado o pagamento de oito parcelas do leasing da aeronave.

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"A transferência de leasing ao Grupo de Pernambuco foi comunicada pela AF Andrade à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), por petição datada de 15 de maio de 2014", explicou o PSB, em nota.

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