PT é praticamente dizimado nas eleições de PE
Partido que viu o aliado Armando Monteiro Neto (PTB) perder a disputa para governador para Paulo Câmara (PSB) com uma diferença de mais de 1,6 milhão de votos também não conseguiu eleger o senador, não fez nenhum deputado federal e viu sua bancada na Assembleia Legislativa encolher de quatro para três parlamentares; Pernambuco também foi o único estado do Nordeste onde a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff perdeu para a socialista Marina Silva na disputa presidencial
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Paulo Emílio, Pernambuco 247 - As eleições pernambucanas deixaram um saldo amargo para o PT. O partido, que já vinha passando por sérias dificuldades desde a eleição de 2012, agora se vê numa situação ainda mais delicada. A legenda que viu o aliado Armando Monteiro Neto (PTB) perder a disputa para Paulo Câmara (PSB) com uma diferença de mais de 1,6 milhão de votos, também não conseguiu eleger o senador, não fez nenhum deputado federal e viu sua bancada na Assembleia Legislativa encolher de quatro para três parlamentares. Pernambuco também foi o único estado do Nordeste onde a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff perdeu para a socialista Marina Silva na disputa presidencial.
O declínio do PT estadual começou em 2012, quando a legenda se desentendeu por conta das eleições municipais. Na ocasião, o partido tinha quatro deputados federais e após um racha interno, Mauricio Rands, que acabou sendo um dos coordenadores da campanha presidencial do PSB, renunciou ao mandato e deixou o partido.O racha interno levou o PT a perder o comando da capital pernambucana para o PSB após 12 anos à frente do Executivo Municipal. Nesta eleição, o PT pernambucano acabou por perder todas as cadeiras que tinha na Câmara Federal.
O partido também perdeu a disputa pelo Senado. A despeito das pesquisas de intenção de voto apontarem uma vitória fácil para o deputado federal João Paulo, o ex-ministro Fernando Bezerra Coelho (PS), que chegou a ficar mais de 20 pontos percentuais atrás do petista, conseguiu virar o jogo e foi eleito com cerca de 2,6 milhões de votos, 1,2 milhão a mais que o adversário.
Na disputa estadual, o racha interno voltou a ser explicitado com a legenda dividida entre lançar uma candidatura própria ou apoiar o petebista Armando Monteiro. A opção, que contou com o aval do PT nacional recaiu pelo apoio a Armando. O petebista, que liderava as pesquisas viu esta margem encolher abruptamente com a morte do ex-governador Eduardo Campos (PSB).
Câmara, que nunca havia disputado uma eleição foi escolhido pessoalmente por Campos, acabou sendo eleito com uma diferença de 1,6 milhão de votos sobre o adversário. Em termos proporcionais, a vitória de Paulo Câmara foi a maior do País, 68,8% contra 31,07% do petebista.
Em Pernambuco nem mesmo a presidente Dilma conseguiu vencer a força do PSB. No primeiro turno Dilma registrou 44,22% dos votos válidos, contra 48,05% de Marina Silva.
A palavra de ordem do partido agora é brigar pela vitória de Dilma nas urnas pernambucanas e tentar recompor a força da legenda no Estado. A tarefa, pelo visto, não será das mais fáceis.
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