MPPE quer desativação do Complexo do Curado

O titular da 19ª Promotoria de Execuções Penais do MPPE, Marcellus Ugiette, vai propor ao governo estadual a total desativação do Complexo Prisional do Curado, na Zona Oeste do Recife, e sua substituição por unidades menores, com capacidade para, no máximo, 500 detentos; “Não se trabalha mais com presídios dessa dimensão. Eles tornam a presença do Estado mais difícil”, afirma; a recomendação foi feita após duas das maiores fugas da história do sistema prisional de Pernambuco acontecerem em um intervalo de três dias; nas duas ações, 93 presidiários fugiram

O titular da 19ª Promotoria de Execuções Penais do MPPE, Marcellus Ugiette, vai propor ao governo estadual a total desativação do Complexo Prisional do Curado, na Zona Oeste do Recife, e sua substituição por unidades menores, com capacidade para, no máximo, 500 detentos; “Não se trabalha mais com presídios dessa dimensão. Eles tornam a presença do Estado mais difícil”, afirma; a recomendação foi feita após duas das maiores fugas da história do sistema prisional de Pernambuco acontecerem em um intervalo de três dias; nas duas ações, 93 presidiários fugiram
O titular da 19ª Promotoria de Execuções Penais do MPPE, Marcellus Ugiette, vai propor ao governo estadual a total desativação do Complexo Prisional do Curado, na Zona Oeste do Recife, e sua substituição por unidades menores, com capacidade para, no máximo, 500 detentos; “Não se trabalha mais com presídios dessa dimensão. Eles tornam a presença do Estado mais difícil”, afirma; a recomendação foi feita após duas das maiores fugas da história do sistema prisional de Pernambuco acontecerem em um intervalo de três dias; nas duas ações, 93 presidiários fugiram (Foto: Leonardo Lucena)


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Pernambuco 247 - O titular da 19ª Promotoria de Execuções Penais do Ministério Público (MPPE), Marcellus Ugiette, vai propor ao governo estadual a total desativação do Complexo Prisional do Curado, no bairro do Sancho, Zona Oeste do Recife, e sua substituição por unidades menores, com capacidade para, no máximo, 500 detentos. “Não se trabalha mais com presídios dessa dimensão. Eles tornam a presença do Estado mais difícil”, diz.

A recomendação foi feita após duas das maiores fugas da história do sistema prisional de Pernambuco acontecerem em um intervalo de três dias. Ao todo, 93 presidiários fugiram. Na noite de quarta-feira (20), 53 detentos escaparam da Penitenciária Professor Barreto Campelo, em Itamaracá, no Grande Recife. Na tarde de sábado (16), 40 apenados fugiram do Presídio Frei Damião de Bozzano (PFDB), um dos três que fazem o Complexo do Curado, após o muro traseiro da unidade ser explodido.

As duas ações foram marcadas pela ousadia dos criminosos. Em Itamaracá, um grupo distraiu os agentes penitenciários atirando de dentro da mata que cerca a unidade, enquanto os detentos derrubavam, a marretadas, a parede do local. No PFDB, informações preliminares dão conta de que uma quantidade de explosivo plástico C4 foi usada para derrubar o muro. A força da explosão danificou várias casas do entorno da unidade.

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Em nota, o governo estadual anunciou a “manutenção e um rigor ainda maior das medidas quem vêm sendo implementadas nos últimos meses para impedir a entrada de armas, drogas e celulares nas unidades prisionais, com vistorias periódicas”. 

Governo foi alertado

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O curioso é que, há cerca de um mês, o secretário-executivo de Ressocialização de Pernambuco, Éden Vespaziano, recebeu uma mensagem pelo WhatsApp informando que os detentos da Penitenciária Barreto Campelo, realizariam uma fuga em massa, inclusive com apoio de pessoas do lado de fora da unidade.

A mensagem foi repassada pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários do estado, mas nenhuma providência foi colocada em prática. O secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, confirmou que as suspeitas de fuga eram de conhecimento da pasta.

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Em consequência da fuga, o gerente da unidade, João Fernandes Cavalcanti de Barros, foi afastado de suas funções por um ato do Poder Executivo. A decisão foi assinada pelo governador Paulo Câmara (PSB) e publicada no Diário Oficial do Estado da última sexta-feira (22).

Déficit de agentes

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Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindasp), João Carvalho, facções criminosas podem estar por trás das duas ações. “O nível de organização é grande. No caso da Barreto Campelo, há entre os presos alguns líderes de grupos criminosos”, disse ele, conforme o Jornal do Commercio. O sindicalista afirma que é necessário aumentar o número de agentes penitenciários no Estado. “O déficit é de 4.700 profissionais”.

Pernambuco tem 1.500 agentes penitenciários para uma população carcerária de 32 mil pessoas, o que significa um agente para 21,3 presos. O Departamento Penitenciário Nacional recomenda que sejam cinco presos para cada profissional.

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Dos 40 detentos que escaparam do PFDB, 38 foram recapturados ainda na tarde do sábado. Dois deles, Egton Matias de Araujo e Wallesson Alessandro de Lima, morreram no confronto com os policiais. Apenas 16 dos 53 fugitivos da Barreto Campelo foram pegos pela polícia até a noite deste domingo (24).

 

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