Assim como o PSB, PMDB também quer o Planalto
A possibilidade do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), se lançar candidato à presidência já em 2014 tem levado outros partidos da base a manifestarem suas intenções de ocupar a chefia do Executivo nacional; os sinais agora chegam através das declarações do secretário de Assuntos Estratégicos e do presidente do PMDB, Wellington Moreira Franco e Valdir Raupp, que defendem o lançamento de candidatura própria dos peemedebistas em 2018
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Leonardo Lucena_PE247 – No Palácio do Planalto trabalha-se cada vez mais com a possibilidade do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), se lançar candidato à presidência já em 2014 o que tem levado outros partidos da base a manifestarem suas intenções de ocupar a chefia do Executivo nacional E um claro indicativo são as declarações do secretário de Assuntos Estratégicos e do presidente do PMDB, Wellington Moreira Franco e Valdir Raupp, respectivamente. Ambos defendem o lançamento de candidatura própria dos peemedebistas em 2018.
Com a probabilidade de Eduardo Campos, também presidente nacional do PSB, se candidatar a presidente, o PMDB poderia ser o principal ou um dos principais partidos de apoio aos socialistas no futuro. Os peemedebistas fizeram este papel tanto na gestão do Governo Lula como na da atual chefe do Executivo federal, Dilma Rousseff, ambos do PT. Mas esta possível candidatura demanda ainda mais da articulação do governador pernambucano junto a outras legendas. Hoje o PMDB ocupa a vice-presidência da República e deverá continuar assim até 2014, quando Dilma Roussef deverá candidatar-se à reeleição.
O senador Valdir Raupp disse, em entrevista ao jornal Valor Econômico, que o lançamento de candidatura própria do PMDB é unanimidade dentro do partido. “Já há um consenso dentro da sigla para isso, inclusive com o vice-presidente Michel Temer”, informou. O parlamentar afirmou que a legenda terá 20 candidatos a governador em 2014.
O fato é que este cenário indicará xadrez político mais indefinido ainda. Eduardo Campos já deu a entender que apoia a reeleição de Dilma, muito embora sinalize com a possibilidade de ser candidato já em 2014, caso a conjuntura lhe seja favorável. Caso o socialista alce um “voo nacional” em 2018, bem como algum integrante do PMDB, resta saber quem o PT vai apoiar e como se comportarão os outros partidos. Até porque os peemedebistas foram o principal sustentáculo de apoio aos petistas. Por outro lado, o PSB é aliado histórico do Partido dos Trabalhadores.
O Ministro-Chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da presidência da República, Moreira Franco, também confirmou, na semana passada, a vontade dos peemedebistas de terem candidato próprio. “Esse é um sonho ainda não realizado do PMDB”, declarou.
Em reunião realizada ontem (20) para fazer um balanço das eleições municipais 2012, o deputado federal Alceu Moreira (PMDB-RS) afirmou que o partido “não expressa a voz das ruas, vira balcão de negócios”, de acordo com o Valor. Além disso, o parlamentar deu a entender que o Partido dos Trabalhadores precisa se renovar em termos de gestão. “O projeto do PT é a Arena de ontem”, disparou.
No atual quadro político nacional, percebe-se que PSB e PMDB, buscam a independência frente à bipolarização PT-PSDB na disputa pela presidência da República. Agora, é esperar para ver com quem e de que forma os petistas farão suas articulações pelo Brasil afora após o pleito 2014 e se esta forma de proceder de socialistas e peemedebistas, que tentam andar com as próprias pernas, servirá de estímulo para que outros partidos de projeção nacional lancem candidatura própria.
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