PSDB já encara Eduardo como candidato em 2014

O líder do PSDB no Congresso Nacional, deputado Bruno Araújo (PE), já enxerga o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, como candidato à Presidência da República em 2014; segundo o tucano, tanto Eduardo como o senador mineiro e candidato pelo PSDB, Aécio Neves, enfrentam desafios parecidos na corrida à sucessão de Dilma Rousseff (PT); Para o parlamentar, a maior dificuldade de Campos será se desvencilhar da base governista sem que ele ou o PSB sofram grandes abalos

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Paulo Emílio _PE247 - O líder do PSDB no Congresso Nacional, deputado Bruno Araújo (PE) já enxerga o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, como candidato à Presidência da República em 2014. Segundo o tucano, tanto Eduardo como o senador mineiro e candidato pelo PSDB, Aécio Neves, enfrentam desafios parecidos na corrida à sucessão de Dilma Rousseff (PT). Para o parlamentar, a maior dificuldade de Campos será se desvencilhar da base governista sem que ele ou o PSB sofram grandes abalos.

"Certamente, ele e Aécio serão os principais protagonistas do cenário político nacional nos próximos 20 anos, fazendo a promoção de um debate importante. Mas não vejo Eduardo mais com dimensão para ser vice. Isso há dois anos poderia ser cogitado, mas hoje não cabe mais",  disse o parlamentar ao Jornal do Commercio.

Em sua avaliação, o parlamentar tucano observou que as últimas eleições municipais serviram para ampliar a projeção do governador pernambucano em nível nacional após alijar o PT do comando de uma capital (Recife) após 12 anos de hegemonia. Como ressalva, Araújo comentou que, agora, é preciso aguardar os resultados da gestão socialista de maneira a avaliar o desempenho do PSB frente aos desafios da administração municipal.

Em relação ao candidato pelo PSDB, Aécio Neves, Bruno Araújo diz que este  tem como meta conseguir unificar a legenda tucana até o mês de outubro bem como reconquistar alguns setores do aliado DEM em torno da sua candidatura.

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Os recentes posicionamentos de Eduardo não alertaram apenas o PSDB sobre a possibilidade cada vez maior da candidatura própria da legenda socialista. As últimas declarações do governador, onde criticou a aliança PT/PMDB ao dizer que a mesma não reflete aquilo que a sociedade espera,  denotam uma mudança na postura do socialista que até então sempre havia procurado evitar um embate direto com o PT ou o PMDB.

A mudança no discurso veio na esteira do discurso proferido pela presidente Dilma Rousseff sobre a redução das tarifas de energia , quando esta tornou pública ser candidata à reeleição. Embora Eduardo já soubesse previamente de que Dilma será candidata em 2014, o teor do texto não teria sido bem absorvido pelo socialista.  Um outro ponto de altercação é o fato do PMDB, que pleiteia não apenas à Presidência da Câmara e do Senado, estar pressionando o governo por mais cargos. Primeiro, o partido teria jogado pesado contra o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, e agora, o peemedebista Gabriel Chalita deverá assumir  o ministério da Ciência e Tecnologia. Esta pasta, que já esteve sob o comando de Campos no governo do ex-presidente Lula, está atualmente sob o controle de um quadro técnico, Marco Antônio Raupp, muito embora a influência do PSB esteja presente.

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No entender de alguns socialistas, esta movimentação teria como pano de fundo a incerteza do PT em saber se Eduardo será mesmo candidato ou não e limar o PSB do comando dos ministérios seria uma forma de minar o partido politicamente. Apesar das declarações, Campos sabe que também não pode partir para uma guerra aberta há mais de um ano do pleito majoritário. Não apenas Pernambuco, mas os vários estados e capitais administrados pelo PSB precisam dos recursos e das parcerias com o Governo Federal. Neste ponto, Eduardo deverá continuar com o jogo de morde e assopra que tem caracterizado as suas intenções sobre 2014.  

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