Planejamento de longo prazo é o modelo do PSB
“Pernambuco 2035”. Essa é a denominação do projeto de longo prazo que está sendo elaborado pelo governador do Estado, Eduardo Campos (PSB), pré-candidato à Presidência em 2014, e que está em negociação com um consórcio de empresas privadas de consultoria, sendo a Macroplan (nacional), com sede no Rio de Janeiro, e a Ceplan e TGI (locais); classificado como uma “visão estruturante do Estado”, o projeto será uma espécie de legado a ser seguido pelos próximos governantes, o que deve fortalecer a imagem do socialista em nível nacional; estima-se que o projeto tenha um orçamento de R$ 10 milhões
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PE247 – “Pernambuco 2035”. Essa é a denominação do projeto de longo prazo que está sendo elaborado pelo governador do Estado, Eduardo Campos (PSB), pré-candidato à Presidência em 2014, em negociação com um consórcio de empresas privadas de consultoria, sendo a Macroplan (nacional), com sede no Rio de Janeiro, e a Ceplan e TGI (locais). O gestor classifica o projeto como uma “visão estruturante do Estado” e, além disso, com a finalidade de deixar um legado a ser seguido pelos próximos governantes, o que deve fortalecer a imagem do socialista em nível nacional. Estima-se que o projeto tenha um orçamento de R$ 10 milhões.
O gestor não quer vincular a elaboração do planejamento de longo prazo com questões eleitorais, mas para concretizar o seu objetivo terá que ter apoio do Governo Federal, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Petrobrás, nesta empreitada. E aí é que está o “problema”, já que o governador poderá ser um adversário da presidente Dilma Rousseff (PT) nas eleições do próximo ano. O projeto levará, ao menos, um ano para ser concluído, enquanto que o gestor deverá tomar uma decisão final sobre a sua candidatura, no mais tardar, até janeiro de 2014.
O fato é que, após dar início as suas articulações com lideranças políticas e empresáriais fora do Estado, as medidas e críticas anunciadas pelo gestor têm ganhado repercussão nacional. Um exemplo foi o encontro “Juntos por Pernambuco”, que ocorreu nos dias 21 e 22 de fevereiro e reuniu os 184 prefeitos do Estado, no qual foi anunciado um aporte de R$ 228 milhões para as prefeituras. Isso em paralelo com a defesa do Pacto Federativo, assunto cada vez mais presente no discurso do gestor.
Umas das principais marcas da gestão de Campos é a “interiorização econômica”, cujos investimentos deram e continuam dando resultados a curto prazo. Mas a economia, apesar de crescer acima da média brasileira, representa apenas 3% da nacional. Agora, o “Pernambuco 2035” terá como objetivo traçar as prioridades de enxergar o Estado 30 anos à frente com um “planejamento de longo prazo” do Governo Eduardo, o que deverá fortalecer o nome do governador no plano nacional.
Resta saber como a elaboração do projeto será interpretada, sobretudo se Campos for candidato a presidente, como um reflexo da fama de “bom gestor” ou de um gestor “moderno” ou se será algo creditado ao Governo Federal, evitando que a paternidade da ideia fique nas mãos de um possível adversário de longo prazo.
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