Gaspari insinua que Lula voltou a se tratar no Sírio

Dado como completamente curado do câncer na laringe pelo médico Roberto Kalil, o ex-presidente Lula teria voltado a frequentar o Hospital Sírio-Libanês, segundo informação do colunista Elio Gaspari; "sempre à noite" e "discretamente"; recentemente, diante de uma nova onda de boatos Lula também disse estar curado

Gaspari insinua que Lula voltou a se tratar no Sírio
Gaspari insinua que Lula voltou a se tratar no Sírio (Foto: LULA LULA)


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247 - O jornalista Elio Gaspari, colunista da Folha e do Globo, pode ter lançado, neste domingo, uma nova onda de boatos sobre a saúde do ex-presidente Lula. Recentemente, num evento do jornal Valor Econômico, o próprio Lula negou que o câncer na laringe tenha voltado, após tossir enquanto discursava. Segundo o médico Roberto Kalil, a doença desapareceu completamente, mas Gaspari lançou uma nova rodada de especulações. Leia abaixo:

LULA NO SÍRIO

Um conhecedor do Hospital Sírio Libanês, onde Lula cuida de sua saúde, assegura ter visto Nosso Guia circulando discretamente pelo prédio. Sempre à noite.

No texto principal de sua coluna, o jornalista compara o estilo da presidente Dilma ao do general João Batista Figueiredo. Confira:

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De Figueiredo@edu para Dilma@gov - ELIO GASPARI

Excelência,

Nossa convivência foi nula. Eu estava no palácio, e a senhora estava na cadeia. Mesmo assim, sei mais de sua vida hoje do que sabia quando chefiava o SNI. Há uns meses o Geisel, que mal fala comigo, me contou que a senhora se tornou navegadora do avião presidencial para desviá-lo de turbulências.

Ele estava horrorizado, porque a mulher dele, Lucy, tinha horror a avião e, mesmo sendo ditadores (para usar sua expressão), nunca fizemos isso. Agora a repórter Natuza Nery contou sua história.

No meu tempo, fui atrás do vagabundo que gozou o episódio em que, ao botar umas flores no túmulo do Soldado Desconhecido, em Paris, as queimei na chama votiva. Brigar com jornalistas foi desperdício de coronárias. Eu fiz besteira, mas não vi a labareda.

Escrevo-lhe para pedir que alongue os pavios do palácio. O seu, como o meu, é curto e vocabularmente agressivo. Resulta disso que encurtou também o da chefe da Casa Civil, a Gleisi Hoffmann, com seu ar angelical. Quando agressiva, ela fica patética.

Eu fazia um gênero cafajeste, afinal, vinha da cavalaria. A senhora faz o tipo durona, pois veio da VPR. Nem todo mundo precisa ser como nós, mas palácio é assim mesmo, muda os outros à nossa imagem e semelhança. Eles fingem achar que somos divindades.

Quer saber? Explodir não adianta nada. Os nossos assessores riem. Alguns deles concluíram que eu tinha ficado maluco. Acabei infartando. Quando vejo a serenidade do Tancredo, o bom humor do JK, o fatalismo do Getúlio, concluo que eu e o Jânio tínhamos muito a aprender.

O Lula finge que explode, mas tem uma veia de vulgaridade parecida com a minha. Leva vantagem porque a administra melhor e se faz entender pelo povo, coisa que eu e a senhora não conseguimos.

Outro dia ouvi a senhora dar um passa-fora no ministro Patriota. Acredite: dou-lhe toda razão, porque ele estava falando bobagem. Eu faria o mesmo, mas hoje sei que não deveria tê-lo feito.

O que adianta brigar com o PMDB? Eu espinafrava aquela gente do meu partido, eles se humilhavam, jurando que não voltariam a trair. Quando chegou a hora, votaram no Tancredo e empossaram o Sarney. Eu não lhe passei a faixa e saí do palácio pela porta lateral.

Fui para casa de alma lavada, mas hoje sei que fiz uma tolice. Se em seis anos não aprendi a ser presidente, a senhora fique certa de que não sou eu quem sabe o que deve fazer. Sei que não deve ficar parecida comigo.

Respeitosamente

João Baptista Figueiredo

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