"Grupos tentam desestabilizar democracia"

"As manifestações de ontem uniram a violência de pequenos grupos - não tão pequenos assim, basta assistir as cenas de Brasília e de outras oito capitais - organizados ou não, pouco interessa, com a adesão de uma minoria que tenta desestabilizar a democracia", escreveu o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu; "É hora de o poder constituído ser exercido em defesa da democracia e das instituições", disse Dirceu

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"Grupos tentam desestabilizar democracia"


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247 - "A maior parte dos manifestantes continua com as reivindicações por melhorias na saúde e educação, contra as tarifas e o péssimo transporte e os gastos nas Copas das Confederações e do Mundo, entre outras demandas. Mas há uma tentativa de setores políticos e sociais de tomar conta de alguns atos, deixando num segundo plano essas reivindicações majoritárias", escreveu em seu blog o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, condenado na Ação Penal 470. Leia a análise: 

Grupos tentam usar manifestações para desestabilizar democracia

As manifestações de ontem uniram a violência de pequenos grupos - não tão pequenos assim, basta assistir as cenas de Brasília e de outras oito capitais - organizados ou não, pouco interessa, com a adesão de uma minoria que tenta desestabilizar a democracia.

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A maior parte dos manifestantes continua com as reivindicações por melhorias na saúde e educação, contra as tarifas e o péssimo transporte e os gastos nas Copas das Confederações e do Mundo, entre outras demandas. Mas há uma tentativa de setores políticos e sociais de tomar conta de alguns atos, deixando num segundo plano essas reivindicações majoritárias.

Com amplo apoio da mídia - que num primeiro momento taxou as manifestações de baderna e exigiu repressão -, esses setores procuram mobilizar abertamente sua base social de oposição para ir às ruas. Para tanto, inclusive explorando as palavras de ordem contra a corrupção, a PEC 37,  contra os partidos, dando continuidade a uma agenda que a mídia alimentou esses últimos anos contra a política em geral, o que sempre acaba em ditadura.

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Tentam cooptar a juventude que iniciou os protestos para esse rumo

Com cuidado e insistência, a Rede Globo – que é quem mais ganha com a Copa das Confederações – separa a violência que ontem se estendeu por todo país (como reconhece hoje a manchete da Folha), das manifestações. Mas faz isso sem condenar essa violência, como fazia no início. Apenas destacando que ela parte de minorias.

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Constrói, ao mesmo tempo, uma narrativa para tentar levar as manifestações para a oposição contra o governo. Isso não tira a legitimidade e o direito dos manifestantes opositores ao governo, mas a atual onda de violência não é vandalismo apenas. São atos políticos contra símbolos do poder constituído, contra a democracia, já que os saques são exceção. Muitos destes, também, são  realizados por grupos organizados e não por saqueadores em busca de bens de consumo.

Há sinais claros, ainda, de que a Polícia Militar reprimiu grupos manifestantes pacíficos com fins políticos. Em São Paulo, assusta a passividade adotada pela PM. Ela não pode agir com repressão, mas não pode se abster de cumprir seu papel responsável de força policial.

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Vamos nos unir mudando e aprofundando as reformas que fizemos

Sendo assim, é hora de o poder constituído ser exercido em defesa da democracia e das instituições.

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Vamos nos unir na defesa do que fizemos, e seguir mudando e aprofundando as reformas que iniciamos, começando pela reformas política e tributária. Elas são indispensáveis para avançar nas mudanças sociais reclamadas com razão pela juventude, nos transportes, na educação e na saúde.

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