Lula: "Não volto em 2014"

Após discursar a uma plateia composta por ministros, políticos e integrantes de Ongs de diferentes países africanos, em Adis Abeba, na Etiópia, ex-presidente acaba com boatos sobre 2014 e diz que Dilma é sua candidata. Petista minimizou ainda a queda de popularidade da presidente e defendeu manifestações de rua: “São normais em uma democracia e provam que a sociedade brasileira vive como uma 'metamorfose ambulante'”

Lula: "Não volto em 2014"
Lula: "Não volto em 2014" (Foto: STUCKERT)


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247 – Após discursas para uma plateia composta por ministros, políticos e integrantes de Ongs de diferentes países africanos, em Adis Abeba, na Etiópia, no encontro promovido pelo Instituto Lula, pela União Africana e pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o ex-presidente Lula acabou com as especulações sobre as eleições de 2014. Em entrevista ao site do Valor, ele disse que não será candidato e que não há ninguém igual a Dilma Rousseff para disputar a Presidência da República.
 
Lula defendeu novamente sua sucessora e afirmou que a presidente não demorou para ouvir as vozes da rua. 
 
Leia trechos da entrevista:
 
Manifestações 
 
Se você analisar que em dez anos mais do que dobrou o número de universitários no Brasil e de alunos nas escolas técnicas, e que houve a evolução social de uma camada da sociedade, essas pessoas cada vez mais querem mais. É assim. De vez em quando as pessoas reclamam que os aeroportos estão cheios. É lógico que tem que estar cheio! Em 2007 você tinha 48 milhões de passageiros voando de avião. Hoje você tem 101 milhões de passageiros. Quem quer realmente debater, está interessado em fazer coisa séria e aquilo que é justo. Nesse aspecto Dilma tem tido um comportamento importante. De entender o movimento, tentar dialogar com o movimento e construir as propostas possíveis. Se a gente tiver qualquer preocupação com o exercício da democracia é muito ruim.
 
Haddad
 
Ele tinha acabado de sair de uma eleição. Primeiro ele ganhou as eleições por causa da proposta de transporte que fez para São Paulo, que era para novembro mas talvez ele antecipe, não sei se tem condições de antecipar (proposta do Bilhete Único Mensal). E ele dizia que em São Paulo em oito anos não havia sido feito nenhum corredor de ônibus. Ninguém pode, em sã consciência, nem o prefeito, nem o vice-prefeito, nem um cidadão qualquer dizer que o transporte em São Paulo é de qualidade. O que eu acho que pode acontecer no Brasil é as pessoas se convencerem que de quando em quando gente precisa refletir sobre o que está acontecendo, conversar com as pessoas e tentar construir aquilo que precisa ser construído. É por isso que elogiei o comportamento da Dilma nessas coisas. Ela humildemente foi conversar com todos os segmentos da sociedade. Não se recusou a conversar com nenhum.
 
Dilma
 
Ela conversou no momento certo. O que a gente tem que entender é o seguinte: a realidade no mundo é outra, o povo está mais exigente, está tendo cada vez mais acesso a informação. Hoje o povo não precisa esperar o jornal no dia seguinte, a televisão à noite. As pessoas estão acompanhando as coisas 24 horas por dia. As pessoas não estão mais lendo notícia. Estão fazendo notícia. Eu acho que essa coisa é que é interessante. Nesse momento só tem uma solução: é pensar, conversar e começar a colocar em prática coisas que sejam resultado das discussões com a sociedade.
 
Plebiscito 
 
Eu não posso fazer julgamento de acordo feito entre partidos políticos. Nós temos o direito de conversar com quem bem entenda. Eu até agora não ouvir dizer que Dilma conversou com Fernando Henrique Cardoso. Ouvi setores da imprensa dizendo que ela conversou, o que ela não confirmou em nenhum momento. Mas conversar com FHC, com Sarney, com Collor, com Lula, é a coisa mais natural que um presidente tem que fazer. É o seguinte: o Brasil vive um momento extraordinário de afirmação de sua democracia. Somos um país muito novo no exercício da democracia. Se você quiser pegar a eleição do Sarney como paradigma ou a aprovação da Constituição em 1988 temos 25 anos de democracia contínua. É o período mais longo. É normal que a sociedade esteja como uma metamorfose ambulante, se modificando a cada momento. É muito bom para o Brasil.
 
Pesquisas
 
Veja, querida, não me preocupa. Se tem um cidadão que já subiu e desceu em pesquisa fui eu. Em 1989 teve um dia no mês de junho que eu queria desistir de ser candidato porque eu tinha caído tanto que ia sair devendo para o Ibope (risos). A Dilma é a mais importante candidata que nós temos, a melhor. Não tem ninguém igual a ela para ser candidata à Presidência da República. Portanto ela será a minha candidata.
 
Volta em 2014
 
Não

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