Presidente do PMDB fala em "nave desgovernada"

Presidente do PMDB, Valdir Raupp (PMDB-RO), critica governo por falta de atenção com o principal partido da base; "nunca vi base tão fragmentada", diz; no retorno das atividades do Senado, peemedebistas se revezaram na tribuna em ataques ao Planalto; Roberto Requião afirmou que o PMDB se tornou um "partido auxiliar" do governo e não é mais "ouvido para nada"; Ricardo Ferraço disse que PMDB deveria renunciar aos cargos que ocupa no governo para permitir a redução nos ministérios; Eunício Oliveira afirma que agirá como "bombeiro" e defende retomada de diálogo entre governo e PMDB

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247 – Na volta dos trabalhos legislativos nesta quinta-feira (1º), senadores do PMDB utilizaram a tribuna para criticar o governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Peemedebistas acusaram o Planalto de não ouvir seu principal aliado e cobraram uma postura mais “dura” do partido.

O presidente da legenda, senador Valdir Raupp (PMDB-RO), disse que o relacionamento do Planalto com seus aliados "merece cuidado" diante do "esfacelamento" da aliança com os governistas, especialmente na Câmara. “Eu nunca tinha visto uma base tão fragmentada. A nave está um pouco desgovernada", afirmou.

Raupp defendeu a redução no número de ministérios como forma de solucionar a “crise” de legitimidade política do país. “Impõe-se a revisão da enorme quantidade de ministérios no nosso país, criados sem outra finalidade que não seja a de contemplar os acordos costurados sob a égide do chamado presidencialismo de coalizão”, afirmou. Em entrevista recente à Folha, Dilma rechaçou a ideia.

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O senador Roberto Requião (PMDB-PR) disse que o PMDB se tornou um "partido auxiliar" do governo e não é mais "ouvido para nada". "Já estávamos afastados na condução da política econômica. Nunca fomos ouvidos, agora somos também menosprezados como parceiros políticos quando o país enfrenta uma de suas crises mais graves”, disse.

O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) disse que o PMDB deveria renunciar aos cargos que ocupa no governo para permitir a redução nos ministérios. “Deveríamos dar o exemplo, o primeiro passo, colocar à disposição da presidente da República os espaços que o PMDB ocupa no governo para que a presidente tivesse liberdade de fazer as suas escolhas e de ter autonomia. A nossa aliança não pode se dar por interesses secundários”, ressaltou.

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“BOMBEIRO”

O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), disse que o dialogo com o Planalto será "essencial" para a retomada das votações no Congresso. O líder, que retorna a Brasília na semana que vem, afirmou à Folha que atua como "bombeiro" na bancada peemedebista, mas não vai se posicionar contra os colegas de partido --mesmo que isso signifique ficar contra o governo. "Tenho que ver as angústias de cada um. Eles [governo] não precisam do PMDB? Acho que precisam. Quem tem comando no PT sabe que precisa do PMDB. Mas a democracia é livre e o PMDB está atento a essas coisas”, avisou.

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