Gurgel quer detonar Chalita antes de deixar PGR

Procurador-geral sai do cargo na sexta-feira 16, mas ainda pode soltar uma bomba; desde fevereiro, Roberto Gurgel analisa denúncias de corrupção contra o ex-secretário de Educação do governo Geraldo Alckmin e deputado federal Gabriel Chalita (PMDB); ele é acusado de receber propinas em troca de favorecimentos contratuais a fornecedores do Estado; se Gurgel fizer denúncia, caso vai para o STF; repercussão tende a prejudicar ainda mais imagem de probidade de tucanos paulistas; procurador vai perder a chance de brilhar pela última vez?

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247 – O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, deixa o cargo na próxima sexta-feira 16, mas pode sair fazendo barulho. Em análise desde fevereiro deste ano, uma denúncia de prática de corrupção pelo então secretário estadual de Educação do governo de São Paulo, Gabriel Chalita, pode ser enviada ao Supremo Tribunal Federal por Gurgel.

Antigo colaborador do governo tucano de Geraldo Alckmin, no qual foi titular da pasta da Educação entre 2003 e 2007, Chalita é atualmente deputado federal pelo PMDB paulista. Ele concorreu no ano passado à Prefeitura de São Paulo, quando ficou em quarto lugar.

A denúncia parece obedecer ao calendário midiático de Gurgel, que deixaria a PGR sob os holofotes de uma nova ação de repercussão. Apesar de Chalita estar filiado ao PMDB, o peso de uma provável ida do caso para o STF tende a prejudicar diretamente o PSDB paulista. Acossado no momento pelo escândalo de distribuição de propinas e formação de cartel em torno do metrô da capital, denunciado pela multinacional Siemens, o governo tucano de Geraldo Alckmin mostraria mais um ponto fraco.

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A denúncia contra Chalita tem base em depoimento do analista de sistemas Roberto Grobman, colhido pelo Ministério Público de São Paulo e encaminhado à PGR. Ele acusa o parlamentar de enriquecimento ilícito e fraudes com recursos públicos quando exercia o cargo de secretário da Educação.

SUCESSÃO - Para a sucessão de Gurgel, em abril a ANPR - Associação Nacional dos Procuradores da República enviou à presidente Dilma Rousseff uma lista tríplice, feita a partir das escolhas dos membros do MPF. Os nomes mais votados foram os de Rodrigo Janot Monteiro de Barros (511 votos), Ela Wiecko Volkmer de Castilho (457 votos) e Deborah Macedo Duprat de Britto Pereira (445 votos).

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