Gurgel se diz “frustrado” por sair antes de prisões

Procurador-geral da República admite que gostaria de deixar PGR vendo os réus condenados na Ação Penal 470 já cumprindo suas penas e, no caso dos deputados, com os mandatos cassados; Roberto Gurgel deixa o cargo no dia 15, quando termina seu mandato; por isso só irá a uma sessão da fase do julgamento de recursos no STF; "Frustração existe, sim. Eu preferiria deixar o cargo com a decisão condenatória já sendo cumprida efetivamente", disse

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247 – Prestes a deixar o cargo de procurador-geral da República, Roberto Gurgel admite "frustração" em chegar ao fim de seu mandato sem ver os réus condenados na Ação Penal 470 na prisão. Ele sai do comando do Ministério Público no próximo dia 15, e por isso só poderá participar de apenas uma sessão que dá início à fase de julgamento de recursos do chamado 'mensalão' no Supremo Tribunal Federal, marcada para o dia 14.

"Frustração existe, sim. Eu preferiria deixar o cargo com a decisão condenatória já sendo cumprida efetivamente. Ou seja, com a perda de mandatos parlamentares e com a expedição dos mandados de prisão em relação àqueles réus condenados a penas privativas de liberdade", disse Gurgel. Ele afirmou ainda que seu sucessor deverá "conduzir da melhor forma" os trabalhos da Procuradoria Geral da República.

Gurgel foi o principal defensor, durante todo o julgamento, de que as penas imputadas aos 25 condenados fossem cumpridas de imediato. O processo, porém, exigia que antes fosse publicado o acórdão do caso, pelo presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, o que daria ainda direito às defesas dos réus para que entrassem com seus recursos. Os embargos infringentes e de declaração serão avaliados em plenário, com possibilidade de mudanças nas penas.

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Sucessão

O nome do próximo procurador-geral ainda não foi definido pela presidente Dilma Rousseff. Na semana passada, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que o anúncio seria feito "nos próximos dias". Mesmo depois de escolhido por Dilma, o nome ainda precisa ser aprovado no Senado, por meio de sabatina. A presidente recebeu uma lista tríplice com sugestões para o cargo: os subprocuradores Rodrido Janot, Ela Wiecko e Deborah Duprat.

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"O ideal seria que nós tivéssemos a transmissão do cargo já para o colega ou a colega que vai me substituir. Infelizmente tem demorado muito. Nas três últimas oportunidades pelo menos houve essa interinidade, que é indesejável e não faz bem a instituição", opinou Roberto Gurgel, que considera "indesejável" que o órgão fique sem um representante.

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