Expliquem, por favor
Para a direita, é inadmissível que Cuba seja um modelo de saúde pública e que o governo possa se beneficiar de um programa popular que não vai resolver os gravíssimos problemas da saúde, mas vai melhorar a assistência aos mais pobres
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No dia 2 de setembro, 85.871 estudantes de Ciências Médicas começarão o ano letivo em Cuba. Desses, 47.676 são estudantes de Medicina, sendo 37.302 cubanos e 10.374 estrangeiros. Cuba oferece, em universidades públicas, 13 cursos para carreiras de nível superior e 24 cursos de nível técnico para futuros profissionais da área de saúde. São 36.353 professores – 2,36 por aluno.
Todos são escravos, segundo a direita, ou curandeiros, segundo alguns médicos brasileiros. Apesar de os profissionais de saúde em Cuba não terem nenhuma liberdade, viverem famintos e nada aprenderem porque o nível de ensino é péssimo (não é o que diz a direita?), o país tem indicadores no nível de países desenvolvidos, os melhores da América Latina e superiores aos dos Estados Unidos. E seus profissionais ainda vão trabalhar em condições difíceis com pessoas pobres em mais de 60 países, com desempenho e resultados elogiados por importantes especialistas insuspeitos e pelos organismos internacionais.
Alguma coisa está errada, né não?
A QUEM INTERESSA?
Por mais que os críticos do “Mais Médicos” e da vinda de cubanos se esgoelem buscando argumentos que caem um a um, no fundo o que os move é apenas a ideologia e a posição política.
Para a direita, é inadmissível que Cuba seja um modelo de saúde pública e que o governo possa se beneficiar de um programa popular que não vai resolver os gravíssimos problemas da saúde, mas vai melhorar a assistência aos mais pobres e mais distantes dos grandes centros.
Os médicos brasileiros que não são de direita, nem oposicionistas sectários, nem corporativistas bitolados, mas criticam o programa e a vinda de colegas cubanos, logo verão que nenhuma das duas coisas lhes causa qualquer prejuízo profissional. E beneficiam o país.
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