Dilma e Lula, Lula e Dilma: mesma hora, Norte e Sul

Hoje, às 12h45, enquanto a presidente Dilma Rousseff discursava em Salvador, na Bahia, ex-presidente Lula falava em Foz do Iguaçu, no Paraná; agenda dupla da dupla é poderosa arma para as eleições de 2014, mas temporada de dúvidas sobre troca sempre negada de papéis entre eles está reaberta; presidente limitou importância do PMDB na sua aliança, enquanto Lula elogiava fórum de desenvolvimento local; candidata e seu dublê ou é o contrário?

Hoje, às 12h45, enquanto a presidente Dilma Rousseff discursava em Salvador, na Bahia, ex-presidente Lula falava em Foz do Iguaçu, no Paraná; agenda dupla da dupla é poderosa arma para as eleições de 2014, mas temporada de dúvidas sobre troca sempre negada de papéis entre eles está reaberta; presidente limitou importância do PMDB na sua aliança, enquanto Lula elogiava fórum de desenvolvimento local; candidata e seu dublê ou é o contrário?
Hoje, às 12h45, enquanto a presidente Dilma Rousseff discursava em Salvador, na Bahia, ex-presidente Lula falava em Foz do Iguaçu, no Paraná; agenda dupla da dupla é poderosa arma para as eleições de 2014, mas temporada de dúvidas sobre troca sempre negada de papéis entre eles está reaberta; presidente limitou importância do PMDB na sua aliança, enquanto Lula elogiava fórum de desenvolvimento local; candidata e seu dublê ou é o contrário? (Foto: Ana Pupulin)


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Marco Damiani e Gisele Federicce _247 – A agenda da dupla política formada pela presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula se mostrou especialmente sincronizada nesta sexta-feira 1, quando voltam a aumentar, em Brasília, os comentários de que os papéis de candidata e dublê entre eles podem se inverter no futuro.

Às 12h45, quando Dilma iniciava um discurso em Salvador, na Bahia, onde inaugurou uma obra de mobilidade urbana, Lula chegava à parte final de um pronunciamento. A presidente falava, enquanto Lula encerrava o II Fórum Mundial de Desenvolvimento Econômico Local, em Foz do Iguaçu, no Paraná. Ambos foram muito aplaudidos.

Nos meios políticos, ressurgem as apostas de que Dilma continua a correr riscos de ser substituída por Lula no futuro. A presidente, que não tem como desconhecer essas análises, tornadas públicas pelo presidenciável Aécio Neves e outros personagens, parece que não se importa. Ou, se se importa, está pagando para ver.

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Em entrevista a rádios da Bahia, nesta manhã, ela não pensou duas vezes antes de amenizar, mais uma vez, o papel do PMDB na sustentação de seu governo. "É uma aliança muito importante, no entanto não são só esses dois partidos, ela é formada por um bloco de partidos", disse Dilma, antes do discurso oficial (leia mais aqui).

Com isso, ela sem dúvida vai aumentar o descontentamento na legenda. A prova dos noves entre quem tem mais força será dada na votação no Congresso, se ocorrer, como promete o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do projeto que dá autonomia para o Banco Central.

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Como se comenta em Brasília, para apimentar a discussão, Lula teria muitas simpatias pela autonomia, o que parece, para Dilma, ser uma provocação e, com certeza, um enfraquecimento. Às vésperas de tentar a reeleição, ela perderia seu mais importante instrumento de política econômica.

Em uma conversa informal com oito senadores, de todos os partidos, esta semana, em Brasília, Lula teria dito, a certas horas, em tom de brincadeira: 'se me encherem muito o saco eu saiu candidato... em 2018', despertando risos entre todos os presentes e, em seguida, brincadeiras um tanto a sério sobre como seria bom, para eles, ter Lula de volta.

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A convivência com partidos políticos, representantes do alto empresariado e líderes de diferentes setores é bem mais rude com a presidente Dilma do que com Lula, isso é um ponto pacífico. A partir daí, e para além dos comentários, começa já um movimento surdo para aproximar Lula cada vez mais da ideia de que o candidato melhor para essas forças seria o próprio Lula. Ele vai cair em tentação?

Na Bahia, Dilma responde imprensa: "vou continuar vindo aqui, sim"

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Em cerimônia de inauguração de uma nova via expressa em Salvador, a presidente Dilma Rousseff respondeu indiretamente a reportagens da imprensa que contam suas recentes viagens aos Estados, onde vai com frequência para inaugurar obras e anunciar investimentos. "Eu gosto muito de vir aqui, viu governador [Jaques Wagner]? E vou continuar vindo aqui, sim", disse a presidente, para o petista.

Nesta sexta-feira 1, a Folha de S.Paulo publicou uma reportagem intitulada "Em pouco mais de 15 dias, Dilma participa de terceiro evento na Bahia". Ela anunciou ainda que pretende voltar ao Estado para visitar as obras da Fiol (Ferrovia Oeste-Leste), que segundo ela, estão a todo vapor. "O olho do dono engorda o boi", comentou, indicando que, com ela por perto, os projetos andam com maior velocidade.

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Sobre a Via Expressa Baía de Todos os Santos, inaugurada hoje, ela definiu como "uma obra extraordinária" e da qual "a população vai ficar orgulhosa". A presidente contou ter percebido a "grandiosidade" da obra do PAC 2 ao sobrevoar os 4,3 quilômetros de via. "A Bahia merecia, Salvador merecia", afirmou. Com três túneis e 14 viadutos, a via expressa recebeu investimentos de R$ 480 milhões para ser construída.

A presidente destacou ainda a chegada dos médicos no Estado da Bahia, segundo ela, o maior beneficiário do programa Mais Médicos, do governo federal, por ser o maior e mais populoso Estado do Nordeste. Por isso, disse que o governo federal "dará mais prioridade" ao Estado. A chegada de 406 profissionais garantirá uma cobertura, segundo Dilma, para cinco milhões de baianos ou moradores até maio do próximo ano.

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"A Bahia é o Estado hoje que vai receber o maior número de médicos, porque nós levamos em conta alguns critérios, que beneficiam a Bahia. Porque é o maior estado do Nordeste. Por isso temos que fazer um grande esforço e investir muito na questão social. Porque aqui se concentram os maiores índices de pobreza. Por isso o governo federal dará mais prioridade ao estado maior e mais populoso e é o que terá de ser um dos mais ricos do Brasil", disse.

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