“Estamos juntos”, diz Lula a petistas presos
Ex-presidente teria telefonado para José Dirceu após saber da expedição dos mandados de prisão, de acordo com matéria do Estadão; jornal paulista diz que Planalto vai adotar lei do silêncio e que execução imediata da sentença é um mal menor, pois impede que o tema volte ao foco da mídia em 2014, comprometendo o projeto de reeleição de Dilma Rousseff; já o PT, enfático, acusou o STF de “casuísmo jurídico” e conclamou militância à luta contra a “criminalização” do partido
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247 - Notícia do jornal o Estado de S. Paulo informa que o ex-presidente Lula telefonou na sexta-feira (15) para José Dirceu para solidariza-se pela prisão do ex-auxiliar, que foi seu ministro da Casa Civil no primeiro mandato. “Estamos juntos”, teria dito o presidente, segundo a publicação. José Dirceu, o deputado licenciado José Genoino e outros 10 condenados na Ação Penal 470 tiveram a prisão decretada na mesma sexta-feira pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, indicado à corte pelo ex-presidente petista.
Ainda segundo o Estadão, Lula e a presidente Dilma Rousseff teriam acertado uma estratégia para “não prolongar o desgaste”. Ela se basearia numa espécie de lei do silêncio sobre os desdobramentos do mensalão e a condenação e prisão dos ex-dirigentes petistas. "Nós temos um acordo de não falar sobre esse assunto", admitiu neste feriado o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho.
O jornal paulista avalia que Lula e o Planalto ficaram de certa forma aliviados com a prisão ainda neste ano, pois temiam que o adiamento do cumprimento das sentenças pudesse contaminar o cenário para as eleições de 2014 e o conseqüente projeto de reeleição de Dilma.
Já o PT foi mais enfático. Em nota divulgada logo após s expedição dos mandados, o presidente do PT, Rui Falcão, acusou o STF de “casuísmo Jurídico”. E conclamou a militância petista a se mobilizar contra o que classificou de tentativa de criminalizar o PT.
O Estadão sustenta que a falta de uma defesa contundente por parte da cúpula petista, em nome do pragmatismo eleitoral, teria contrariado não apenas Dirceu e Genoino, mas também o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o deputado João Paulo Cunha (SP), ex-presidente da Câmara.
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