Jefferson: "se sair mandado, vou me apresentar"

Delator do chamado 'mensalão' diz estar "cansado" e "esperando, na expectativa", a ordem de prisão a ser expedida pelo presidente do STF, Joaquim Barbosa; "A expectativa mina a nossa resistência, né?", afirma, de sua casa na cidade de Conselheiro Levy Gasparian, no Rio; ex-deputado defendeu ainda o pedido de aposentadoria para o deputado licenciado José Genoino e declarou não acreditar que o regime domiciliar para o petista seja um "privilégio"; "Não tem prisão honrosa", diz Roberto Jefferson

CONSELHEIRO LEVY GASPARIAN, RJ, 25-11-2013: ROBERTO JEFFERSON - O ex-deputado e delator do esquema do mensalao, Roberto Jefferson, em sua casa no municipio de Conselheiro Levy Gasparian, no Centro-Sul do Rio. Roberto Jefferson (PTB-RJ), que espera ha mais
CONSELHEIRO LEVY GASPARIAN, RJ, 25-11-2013: ROBERTO JEFFERSON - O ex-deputado e delator do esquema do mensalao, Roberto Jefferson, em sua casa no municipio de Conselheiro Levy Gasparian, no Centro-Sul do Rio. Roberto Jefferson (PTB-RJ), que espera ha mais (Foto: Gisele Federicce)


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247 – Condenado a sete anos e 14 dias de prisão, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) disse nesta segunda-feira 25 estar "cansado" e que pretende se entregar quando for expedida a ordem de prisão contra ele pelo presidente do STF, Joaquim Barbosa. "Estou cansado. A expectativa mina a nossa resistência, né?", comentou.

"Se sair alguma ordem de prisão, eu desço, me apresento, vou marcar com ele (seu advogado). Vamos combinar a coisa direito. Estou esperando, estou na expectativa. Se sair mandado, vou me apresentar. Estou aguardando uma decisão", acrescentou Jefferson, que aguarda a decisão em sua casa na cidade de Conselheiro Levy Gasparian, no Rio de Janeiro.

Apesar de condenado, ele não foi selecionado por Barbosa a ser um dos primeiros réus a começar a cumprir suas penas. No último dia 15, o presidente do Supremo expediu 12 mandados de prisão contra condenados na Ação Penal 470, enviando todos - menos Henrique Pizzolato, que está foragido na Itália - para a penitenciária da Papuda, em Brasília.

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Crítico das declarações de José Dirceu, que se considera um preso político, Jefferson disse ainda que considera "justo" o pedido de aposentadoria feito pelo deputado federal licenciado José Genoino. Para ele, a possibilidade de prisão domiciliar também não é um "privilégio" para o petista, que sofre de uma grave doença cardíaca e está temporariamente cumprindo pena na casa de uma de suas filhas, em Brasília.

"Ele precisa sobreviver, já tem tempo de serviço. Só acho que ele errou, poderia ter pedido há mais tempo para evitar esta polêmica", disse Jefferson. Caso fosse presidente do PTB em atividade, acrescentou, recomendaria a seu partido que votasse a favor da aposentadoria. O pedido deve ser analisado ainda nesta semana na Câmara dos Deputados, depois de adiado na última quinta-feira pelos parlamentares.

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Ao dizer que não vê privilégio para Genoino, Roberto Jefferson lembra que não existe prisão honrosa e que, independente do regime, ela faz do homem um "zumbi, sem alma". "Você imagina ter sua vida decidida de fora para dentro o tempo todo, por ação e vontade de burocratas?", pergunta. "Não vejo nenhum privilégio para o Genoino. Ele está sofrendo, não é mais um homem jovem", acrescenta.

Na semana passada, Roberto Jefferson disse, em entrevista à Folha de S.Paulo, que não pode ir para a Papuda, pois lá correria risco de vida, diante da relação "complexa" com outros presos (leia mais aqui).

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