Dilma diz a Temer que PMDB não cabe na reforma

Presidente quer formar uma aliança de partidos igual ou maior do que em 2010 e para isso vai usar vagas da reforma ministerial; são aguardadas pelo menos dez mudanças no primeiro escalão; quanto mais partidos na aliança, mais tempo de campanha na TV

DF - DILMA/EXÉRCITO - GERAL - O vice-Presidente da Michel Temer (e) e a presidente Dilma Rousseff participam da solenidade de comemoração do Dia do Exército Brasileiro no   Quartel General do Exército, no Setor Militar Urbano, em Brasília, nesta terça-fei
DF - DILMA/EXÉRCITO - GERAL - O vice-Presidente da Michel Temer (e) e a presidente Dilma Rousseff participam da solenidade de comemoração do Dia do Exército Brasileiro no Quartel General do Exército, no Setor Militar Urbano, em Brasília, nesta terça-fei (Foto: Roberta Namour)


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Por Jeferson Ribeiro
BRASÍLIA, 14 Jan (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff disse ao vice-presidente Michel Temer em reunião na segunda-feira que está encontrando dificuldades para ampliar o espaço do PMDB na Esplanada dos Ministérios, segundo relato de uma fonte do Palácio do Planalto à Reuters.

A reunião de aproximadamente duas horas com Temer, que é presidente licenciado do PMDB, deu início às negociações que Dilma fará com aliados nos próximos dias, antes de iniciar a substituição dos ministros que deixarão o governo para disputar as eleições estaduais. São aguardadas pelo menos dez mudanças no primeiro escalão.

A presidente argumentou a Temer que está tendo dificuldades para atender a todos os pedidos dos partidos que engrossaram sua base aliada no Congresso, disse a fonte, sob condição de anonimato.

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Há demandas do PP, que hoje comanda o ministério das Cidades e quer assumir pelo menos mais uma pasta, do PSD, que comanda a pasta de Micro e Pequenas Empresas e já se comprometeu a apoiar a reeleição de Dilma, e do recém criado Partido Republicano da Ordem Social (Pros), entre outras.

Dilma quer formar uma aliança de partidos igual ou maior do que em 2010 e para isso vai usar vagas da reforma ministerial. Quanto mais partidos na aliança, mais tempo de campanha na TV.

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O PMDB comanda cinco ministérios (Previdência, Agricultura, Turismo, Minas e Energia e Aviação Civil) e almeja comandar a Integração Nacional, que estava sob controle do PSB. Os socialistas deixaram o governo em setembro, quando o governador de Pernambuco e presidente da legenda, Eduardo Campos, disse que o PSB teria uma candidatura própria à Presidência.

Segundo relato da fonte, Dilma disse que tem dificuldades para colocar o PMDB no comando dessa pasta. "Mas isso ainda não foi uma conversa definitiva", disse, admitindo, porém, que não será fácil fazer a costura necessária para ampliar o espaço do partido na Esplanada.

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Dilma dará sequência às reuniões com outros partidos aliados nos próximos dias. Temer já conversou com alguns peemedebistas na segunda, e caso Dilma não atenda o pedido do partido, os principais contrariados seriam os senadores do PMDB, que davam como certa a indicação do colega Vital do Rêgo (PB) para o cargo.

A presidente disse no final do ano que começaria as mudanças no ministério em janeiro e as concluiria até o Carnaval, no início de março. Dilma deve fazer as primeiras trocas após as viagens internacionais que fará a partir do dia 22, retornando ao país até o dia 29.

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A mudança mais aguardada é na Casa Civil para substituir a ministra Gleisi Hoffmann, que retomará seu mandato de senadora e deve disputar o governo do Paraná. O mais cotado para assumir é o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Ambos são do PT.

Também devem deixar o governo os ministros Aguinaldo Ribeiro (Cidades), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário), Maria do Rosário (Direitos Humanos), Alexandre Padilha (Saúde) e Marcelo Crivella (Pesca).

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Dilma pode trocar ainda a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e o ministro interino dos Portos, Antonio Henrique Pinheiro Silveira.

Ela já afirmou que não pretende fazer mudanças na equipe econômica, assegurando por várias vezes que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, não deixará o governo.

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