Dilma chora ao lembrar mortos pela ditadura

Presidente lembra "Samba do Avião", de Tom Jobim, durante cerimônia de concessão do aeroporto internacional do Rio de Janeiro; "É uma síntese perfeita do que é a saudade do Brasil, a lembrança do Brasil e, melhor de tudo, voltar ao Brasil, chegando no Galeão", refletiu, emocionada; "Tenho certeza que numa homenagem aos exilados, as almas cantaram", acrescentou; nos anos 1970, Dilma foi presa política e torturada pelo regime militar

Brazil's President Dilma Rousseff reacts during the signing ceremony of the Rio de Janeiro's international airport concession in Rio de Janeiro, April 2, 2014. Brazilian conglomerate Odebrecht and Singapore's Changi Airport Group won rights to expand and
Brazil's President Dilma Rousseff reacts during the signing ceremony of the Rio de Janeiro's international airport concession in Rio de Janeiro, April 2, 2014. Brazilian conglomerate Odebrecht and Singapore's Changi Airport Group won rights to expand and (Foto: Marco Damiani)


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Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil - A presidenta da República Dilma Rousseff se emocionou na manhã de hoje (2) ao lembrar o retorno ao Brasil de pessoas exiladas durante a ditadura militar. A citação foi feita durante a assinatura do contrato de concessão do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro – Antônio Carlos Jobim/Galeão.

Dilma chegou a chorar ao falar sobre a música Samba do Avião, do compositor Tom Jobim, que, segundo a presidenta, além de homenagear o aeroporto do Galeão, também é uma "homenagem aos exilados", que voltaram depois da anistia. "É uma síntese perfeita do que é a saudade do Brasil, a lembrança do Brasil e, melhor de tudo, voltar ao Brasil, chegando no Galeão".

Segundo a presidenta, a concessão do Galeão à iniciativa privada é fundamental para atender ao desafio de aumento da demanda dos brasileiros por viagens aéreas. "É um aeroporto fundamental não só para o turista estrangeiro, mas para o brasileiro. E ele tem que fazer jus a esta Cidade Maravilhosa", disse Dilma.

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Leia, abaixo, reportagem da Reuters a respeito:

Emocionada, Dilma lembra exilados com "Samba do Avião" ao assinar concessão no Rio

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RIO DE JANEIRO, 2 Abr (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff ressaltou nesta quarta-feira a "enorme responsabilidade" da concessão do Galeão, porta de entrada de brasileiros exilados durante a ditadura militar e homenageados no "Samba do Avião", de Antônio Carlos Jobim, que dá nome ao aeroporto.

Dilma, ex-militante política que foi presa e torturada pelos militares durante a ditadura, se emocionou quando lembrou da música que ela disse mostrar um lugar "mítico" para os exilados que retornaram ao país após a anistia.

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"Minha alma canta, vejo o Rio de Janeiro... dentro de mais um minuto estaremos no Galeão", disse Dilma, citando trechos da famosa canção, em um momento que ela disse ser muito oportuno, quando se lembram os 50 anos do golpe de 31 de março de 1964.

"É uma síntese perfeita do que é a saudade do Brasil, a lembrança do Brasil e, melhor de tudo, voltar ao Brasil chegando ao Galeão", disse Dilma, com a voz embargada e os olhos marejados, desculpando-se pela emoção.

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"Daí porque a enorme responsabilidade dessa concessão. Aqui é um lugar onde além dos aviões de carreira, as almas cantam, é especial aqui. É um lugar de certa forma mítico com relação ao Brasil", acrescentou.

A presidente assinou o contrato de concessão do Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim-Galeão, que prevê investimentos de 5,65 bilhões de reais para ampliação e reforma das instalações.

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O consórcio Aeroportos do Futuro, formado pelas empresas Odebrecht e Changi, vai administrar o aeroporto por 25 anos (prorrogáveis uma vez por até cinco anos) após ter vencido o leilão feito em novembro de 2013 com um lance de 19 bilhões de reais.

Segundo o governo, entre 2006 e 2013, o número de passageiros por ano no Galeão passou de 9 milhões para 17 milhões, um crescimento de 10 por cento ao ano.

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O aumento, disse Dilma, significa uma pressão por oferta de "maior qualidade".

A presidente lembrou ainda dos dois grandes eventos esportivos que o país vai sediar, a Copa e a Olimpíada de 2016, embora as obras no aeroporto ainda estejam atrasadas para o Mundial que começa em junho.

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As obras a serem executadas pelo consórcio só deverão ficar prontas para a Olimpíada, e as adaptações a serem feitas para a Copa pela Infraero, que administra aeroportos no país, estão com atraso.

(Por Rodrigo Viga Gaier)

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