Datafolha defende seus critérios de pesquisa
Instituto do grupo Folha comandado por Mario Paulino não alterou seus critérios de pesquisa, perguntando sobre intenção de voto após "esquentar" os entrevistados com outras questões sobre escândalos e economia; erro do 247, apontado pelo instituto, já foi corrigido
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 - Texto publicado na edição deste domingo da Folha de S. Paulo explica os critérios da pesquisa Datafolha e aponta erro do 247 em análise publicada sobre a pesquisa, na última sexta-feira. A crítica procede e a matéria já foi corrigida (leia aqui). No entanto, uma análise linguística demonstra que a estrutura das perguntas amplifica a percepção de mal-estar dos eleitores. Abaixo, o texto do Datafolha sobre seus critérios:
Instituto não alterou critérios da pesquisa
DE SÃO PAULO
Os questionários das pesquisas eleitorais do Datafolha são sempre registrados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pelo menos cinco dias antes da publicação dos resultados, conforme a lei.
Ordenamento e formulação exata das perguntas, metodologia, plano amostral, valor e nome do contratante também são registrados.
Todas essas informações são públicas. A partir do instante do registro, qualquer interessado pode consultá-las diretamente no site do TSE.
Um cuidado interno do Datafolha em anos eleitorais é colocar as perguntas sobre intenção de voto no início do questionário. Assim, o entrevistado só responde sobre aprovação de governo ou conhecimento a respeito de algo do noticiário após ter apontado seus candidatos.
O objetivo é evitar que opiniões positivas ou negativas sobre outros temas possam eventualmente influenciá-lo na escolha eleitoral.
Nos últimos dias, alguns blogs e sites, como o "Brasil 247", acusaram o Datafolha de alterar esse procedimento para prejudicar a presidente Dilma Rousseff. Bastava consultar o registro da pesquisa no site do TSE para notar que isso não é verdade.
Outro cuidado: a lei permite o registro de pesquisa após a realização das entrevistas, já que a exigência é obrigatória apenas para levantamentos que serão publicados.
Com isso, um instituto pode deixar de registrar uma pesquisa cujos resultados não agradem ao contratante.
Com o Datafolha isso não acontece. O instituto adota como norma só sair a campo para as entrevistas após o registro no TSE.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247