Campos faz crítica tímida a Aécio. Marina quer mais

Com menos da metade das intenções de votos de Aécio Neves, Eduardo Campos vem sendo pressionado por aliados, especialmente por Marina Silva, a quebrar o pacto de não agressão com o tucano; neste domingo, ele pontuou a primeira diferença, mas sem bater; "temos diferenças, tanto que somos de partidos diferentes"; será que isso basta para chegar ao segundo turno?; desempenho no Fórum de Comandatuba, marcado pela ironia de Aécio, que disse não o ver como adversário, contribui para mudança de rumo  

Com menos da metade das intenções de votos de Aécio Neves, Eduardo Campos vem sendo pressionado por aliados, especialmente por Marina Silva, a quebrar o pacto de não agressão com o tucano; neste domingo, ele pontuou a primeira diferença, mas sem bater; "temos diferenças, tanto que somos de partidos diferentes"; será que isso basta para chegar ao segundo turno?; desempenho no Fórum de Comandatuba, marcado pela ironia de Aécio, que disse não o ver como adversário, contribui para mudança de rumo
 
Com menos da metade das intenções de votos de Aécio Neves, Eduardo Campos vem sendo pressionado por aliados, especialmente por Marina Silva, a quebrar o pacto de não agressão com o tucano; neste domingo, ele pontuou a primeira diferença, mas sem bater; "temos diferenças, tanto que somos de partidos diferentes"; será que isso basta para chegar ao segundo turno?; desempenho no Fórum de Comandatuba, marcado pela ironia de Aécio, que disse não o ver como adversário, contribui para mudança de rumo   (Foto: Camila Nunes)


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247 – O Fórum Empresarial de Comandatuba foi o elemento que faltava para o candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, fazer suas primeiras críticas ao adversário do PSDB, Aécio Neves. Ambos firmaram, no ano passado, um pacto de não agressão, mas a aliança dos socialistas com a ex-ministra Marina Silva, do grupamento Rede, vai colocando essa estratégia cada vez mais em xeque. Encerrado neste domingo 4, o evento organizado pelo empresário João Doria Jr., presidente do LIDE, teve no debate, na sexta-feira 2, entre os dois candidatos, o seu ponto alto. "Sinceramente, ouvindo o Eduardo falar, não o vejo como adversário", afirmou Aécio, assim que iniciou sua exposição, feita após a de Campos. "Vamos vencer e certamente estaremos juntos a partir do ano que vem", anunciou o presidente do PSB.

Campos e Marina não acharam graça do volteio de Aécio. No salão lotado pelos empresários e suas mulheres, eles foram os únicos que não aplaudiram o senador mineiro ao final da exposição. Os dois e mais o governador da Bahia, Jaques Wagner, sentado ao lado do ex-governador de Pernambuco na mesa do evento. Apesar da ausência de aplausos – e com Marina com expressão fechada, face explícita de poucos amigos ali -, Campos se manteve alinhado, na fase de perguntas e respostas, ao seu compromisso de não atacar Aécio.

Ao cabo do debate, por sugestão do empresário João Doria Jr., presidente do LIDE, organizador do evento, os presidenciáveis posaram para fotos com uma bandeira do Brasil, cada um segurando-a pelas pontas.

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Neste domingo 4, porém, Campos fez suas primeiras críticas públicas com mais ênfase na direção de Aécio. O motivo é simples. O tucano está crescendo nas pesquisas com mais velocidade do que Campos. Neste ritmo, já alcançou em ao menos um levantamento, um nível de intenções de voto para levá-lo ao segundo turno contra a presidente Dilma Rousseff. Campos e Marina crescem, mas a distância para Aécio, que só deverá escolher seu vice em junho, cresce.

Para mudança de discurso de Campos, que deve acentuar seu distanciamento de Aécio nos próximos dias, contribuiu decisivamente a postura de Marina. Ela não tem aceitado alianças com os tucanos nos planos estaduais – e já defende o nome do ex-deputado federal Walter Feldman, seu correligionário de primeira hora, para concorrer ao cargo de governador em São Paulo. Ex-fundador do PSDB, Feldmann foi atacado em sua saída do partido. Ele resolveu devolver seu mandato à legenda no momento em que entrou para o PSB, vindo da articulação para a organização do Rede, com Marina:

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- Ela é muito especial, trouxe a sinceridade de volta para a política brasileira, define Feldman, amigo e admirador da ex-ministra.

No Fórum de Comandatuba, a conclusão geral foi a de que Campos fica mais tímido diante da presença de Marina. Na verdade, a timidez pode ter sido provocada, muito mais, pela decisão de não fazer frente a Aécio, o que fez de Campos, ali, quase que um representante de uma linha auxiliar do PSDB. Isso vai mudar - ou melhor, já está mudando.

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Abaixo, notícia de Pernambuco247 a respeito das críticas feitas hoje por Campos a Aécio:

Pernambuco 247 - O presidenciável pelo PSB, Eduardo Campos, procurou ressaltar, neste domingo (4), algumas diferenças entre ele e o senador mineiro Aécio Neves (PSDB). A maior ressalva veio por conta da polêmica em torno da redução da maioridade penal para 16 anos, algo que o tucano é favorável enquanto Campos considera a “idade penal cláusula pétrea da Constituição Federal”. O posicionamento de Campos acontece dois dias após o Fórum de Comandatuba, na Bahia, realizado na última sexta-feira (2), onde Aécio afirmou que ele e Campos estarão juntos em 2015. "Temos diferenças, tanto que somos de partidos diferentes. A última vez que tivemos juntos no palanque nacionalmente foi na eleição do Colégio Eleitoral, depois de perdermos a campanha das Diretas Já!", disse.

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"Temos projetos distintos, com bases política e social distintas. Isso não impede que tenhamos capacidade de ver o que nos une. Mas oferecemos caminhos diferentes. Eu assumi o compromisso de não retirar nenhum direito do trabalhador, considero a idade penal cláusula pétrea da Constituição Federal. Quem disser que vai mudar, está desconhecendo da decisão da Suprema Corte do País", disse Campos, durante passagem pelo Rio de Janeiro para participar de um seminário sobre educação Partido Pátria Livre (PPL), que apoia a suja postulação ao Palácio do Planalto.

O ex-governador de Pernambuco disse, ainda, que as forças que estão no poder promoverão terrorismo eleitoral divulgado informações falsas de que qualquer outro vencedor das eleições, com exceção da presidente Dilma Rousseff (PT) – que é pré-candidata à reeleição – acabará com o programa Bolsa Família. Para o socialista é necessário que a sociedade reaja a boataria do gênero. "A arma tão usada pela direita é utilizada agora pelos que se acham ainda progressistas", disparou. 

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