FHC rebate Lula: "não era preciso vestir a carapuça"
Em nota publicada nesta segunda-feira 16, ex-presidente tucano lamenta que petista "tenha levado a campanha eleitoral para níveis tão baixos"; "Na convenção do PSDB não acusei ninguém; disse que queria ver os corruptos longe de nós. Não era preciso vestir a carapuça", escreveu Fernando Henrique; em ato do PT neste domingo, em São Paulo, Lula afirmou que o partido irá "fazer a campanha para a esperança vencer o ódio" e rebateu declarações do presidenciável Aécio Neves, que disse que um 'tsunami' varrerá o PT do governo, e do próprio FHC, que declarou que é preciso acabar com a corrução; sobre acusação de Lula de que comprou votos para garantir a reeleição, tucano respondeu: "não se sustenta"
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247 - A troca de farpas entre membros do PT e do PSDB nos últimos dias acaba de ganhar um novo capítulo. Em nota publicada em sua página oficial no Facebook, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso rebateu o discurso do ex-presidente Lula feito ontem durante ato do PT em São Paulo, que lançou a candidatura de Alexandre Padilha ao governo estadual.
FHC escreve que, em sua fala durante convenção do partido, não acusou ninguém ao dizer que queria ver os corruptos longe e, dando um recado a Lula, afirmou que "não era preciso vestir a carapuça".
Ele lamenta, ainda, que seu sucessor "tenha levado a campanha eleitoral para níveis tão baixos". O tucano nega que a oposição tentou derrubar Lula em 2005, como acusou o petista em seu discurso, e diz que "não se sustenta" a tese, também apontada pelo cacique petista, de que ele comprou votos na emenda da reeleição.
Leia abaixo a íntegra do texto publicado por Fernando Henrique:
Lamento que o ex-presidente Lula tenha levado a campanha eleitoral para níveis tão baixos. Na convenção do PSDB não acusei ninguém; disse que queria ver os corruptos longe de nós. Não era preciso vestir a carapuça. A acusação de compra de votos na emenda da reeleição não se sustenta: ninguém teve a coragem de levar essa falsidade à Justiça.
Não é verdade que a oposição pretendesse derrubar o presidente Lula em 2005. Na ocasião, pedimos justiça para quem havia usado recursos públicos e privados na compra de apoios no Congresso, o que foi feito pelo Supremo Tribunal Federal.
Apelo às lideranças responsáveis, do governo e da oposição, para que a campanha eleitoral se concentre na discussão dos problemas do povo e nos rumos do Brasil.
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