Renan enfrenta histeria sobre CPI da Petrobras

Denúncia da revista Veja provoca reações ensaiadas; ex-presidente Fernando Henrique cobra dura reação do Senado, tucano Carlos Sampaio anuncia ações judiciais e o sempre histérico Reinaldo Azevedo pede a cabeça da presidente da estatal, Graça Foster; agora, presidente do Congresso, Renan Calheiros, entra em cena para separar o que é excitação eleitoral do que há de sério para ser apurado; em maio, ele mesmo nomeou integrantes da CPI na cota de uma oposição que boicotou os trabalhos da comissão; como agirá Renan desta vez: será bombeiro ou incendiário?

Denúncia da revista Veja provoca reações ensaiadas; ex-presidente Fernando Henrique cobra dura reação do Senado, tucano Carlos Sampaio anuncia ações judiciais e o sempre histérico Reinaldo Azevedo pede a cabeça da presidente da estatal, Graça Foster; agora, presidente do Congresso, Renan Calheiros, entra em cena para separar o que é excitação eleitoral do que há de sério para ser apurado; em maio, ele mesmo nomeou integrantes da CPI na cota de uma oposição que boicotou os trabalhos da comissão; como agirá Renan desta vez: será bombeiro ou incendiário?
Denúncia da revista Veja provoca reações ensaiadas; ex-presidente Fernando Henrique cobra dura reação do Senado, tucano Carlos Sampaio anuncia ações judiciais e o sempre histérico Reinaldo Azevedo pede a cabeça da presidente da estatal, Graça Foster; agora, presidente do Congresso, Renan Calheiros, entra em cena para separar o que é excitação eleitoral do que há de sério para ser apurado; em maio, ele mesmo nomeou integrantes da CPI na cota de uma oposição que boicotou os trabalhos da comissão; como agirá Renan desta vez: será bombeiro ou incendiário? (Foto: Aline Lima)


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Marco Damiani 247 – Objeto permanente de debates apaixonados, tanto mais em época de campanha eleitoral, a Petrobras segue despertando reações exacerbadas entre os políticos. A mesma oposição que, em maio, na época da instalação da CPI da estatal, não indicou integrantes para a sua composição, agora fecha um discurso unido, que já chega a ser histérico em setores da mídia tradicional, sobre a necessidade de investigar a mesma CPI. Em particular, no tocante às relações entre governistas e executivos da companhia que, segundo denúncia da revista Veja, teriam sido de troca de amabilidades e informações estratégicas antes e durante as sessões de depoimentos.

Neste caso que o jornalista Jânio de Freitas, da Folha de S. Paulo, vai chamando de "escândalo da banalidade", a oposição procura tirar, naturalmente, o máximo proveito. Como chefe dos humores de seu partido, o ex-presidente Fernando Henrique pediu uma dura investigação do Senado sobre o que, para ele, parece ter sido um momento de relações promíscuas entre investigadores e investigados. O coordenador jurídico da campanha tucana, Carlos Sampaio, pediu o indiciamento em inquérito de nada menos que oito supostos envolvidos no acordo, entre eles a presidente da Petrobras, Graça Foster. Com um gestão marcada pela quebra de recordes de produção nos campos do pré-sal, Graça também se tornou alvo da fúria santa do colunista Reinaldo Azevedo. Mostrando os dentes, como é do seu estilo, ele pediu a demissão da executiva.

Em meio à barulhenta ação política surgida a partir do destaque editorial dado por Veja à suspeita, entrou em cena o presidente do Senado, Renan Calheiros. Em abril, como manda o regimento da Casa, ele deu seguimento à instalação da CPI da Petrobras respeitando as regras de proporcionalidade das bancadas na sua composição. Os governistas ficaram com a presidência e a relatoria, em razão da maior presença numérica no plenário. Com isso, os oposicionistas que haviam conseguido a aprovação da CPI avaliaram que não teriam chance de promover a devassa que gostariam sobre a estatal. E, a exemplo de quem se cansa de um divertimento, resolveram boicotar a própria CPI, não indicando os três nomes a que tinham direito na sua composição. Coube a Renan, para cumprir com o funcionamento da comissão, indicar senadores para ocupar as cadeiras vagas.

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Agora, mais uma vez Renan se vê instado a agir. Para separar, de todo o debate, o que é histeria do que é motivo real para suspeitas, ele determinou nesta terça-feira 5 a instalação de uma comissão de sindicância, composta por três servidores do Senado, para apurar o que de fato aconteceu no curso dos trabalhos da CPI.

- Estamos atendendo ao pedido do senador Vital do Rego e determinando a constituição de uma comissão de sindicância para esclarecermos todos os fatos e estabelecermos responsabilidade a quem as tenha", declarou Renan. Ele acrescentou que considera "muito graves" as denúncias sobre suposta fraude na CPI. Mas ressalvou que não considera necessário suspender as atividades da CPI do Senado, conforme reivindicam parlamentares da oposição. "

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- Não precisa suspender nada absolutamente, cravou.

Para a Petrobras, práticas como o treinamento de executivos para depoimentos oficiais são de rotina, conforme a empresa deixou claro em manifestação oficial. Buscar saber, ao mesmo tempo, o teor das linhas de apuração e conteúdo de indagações igualmente não passaria de uma atitude normal de qualquer empresa envolvida na mesma situação. Um ato defensivo absolutamente legal.

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A oposição, no entanto, coaduna da tese da matéria da revista Veja, para a qual, mesmo sob a garantia de não ser incomodada pela oposição – que, repita-se, recusou-se a nomear representantes da CPI --, a companhia teria se beneficiado de métodos não republicanos para se proteger. Entre eles, receber antecipadamente perguntas que podem ter sido comercializadas.

Ao que mostra a revista Veja, há um vídeo gravado de maneira clandestina que provaria que houve mais do que articulações honestas em torno da CPI da Petrobras. É a suspeita que faz a oposição elevar sua grita às alturas – e que Renan já demonstra ter ouvidos e disposição para diminuir ou amplificar. Vai depender de ele agir como incendiário ou bombeiro.

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