Plebiscito ganha força sobre usina de escândalos
Modelo político-eleitoral produz falcatruas em série, de ampla abrangência e fortes prejuízos; resultado nefasto do sistema de financiamento privado de campanhas e promiscuidade entre grandes empresas financiadoras e agentes públicos financiados se revela, agora, na forma da delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa; caso envolve mais de 60 políticos e somas que chegam aos R$ 3 bilhões; escândalos anteriores ainda reverberam e sempre há uma expectativa pelo próximo; "Sem a reforma política, teremos mais do mesmo em qualquer governo", afirma a jornalista Tereza Cruvinel; "E só há um agente que pode obrigar o Congresso a fazer essa reforma política: o povo"
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247 – As articulações nas redes sociais pela realização de um plebiscito, no próximo ano, para decidir pontos de uma reforma política ou, até mesmo, votar a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte estão em crescimento. As repercussões da delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa têm colaborado, pela amplitude de alcance e magnitude dos prejuízos, para injetar mais combustível nestas alternativas.
Neste escândalo em plena efervescência, mas de meia centena de políticos com mandatos foram denunciados, em esquemas que podem ter custado mais de R$ 3 bilhões aos cofres da estatal de petróleo.
O modelo político-eleitoral brasileiro está na base dessa e de outras falcatruas, já vistas e ainda por vir. Isso porque, a partir do financiamento privado de campanhas, o sistema político tornou-se uma verdadeira usina de escândalos, anota a colunista Tereza Cruvinel, de 247:
- Enquanto a elite política, que inclui todos eles, de todos os partido, não enfrentar a reforma política. E mais particularmente, a ferida do financiamento de campanhas, a usina de escândalos vai continuar em pleno funcionamento.
Para ela, só um plebiscito pode obrigar o Congresso a mudar radicalmente o atual modelo promíscuo de relacionamento entre os agentes públicos e os executivos do setor privado.
"Petrolão", "mensalão2" ou "caixão dois"?
por Tereza Cruvinel
As campanhas de Marina e Dilma entenderam a bomba de efeito antecipado das delações ainda não premiadas mas já vazadas de Paulo Roberto Costa e querem acesso ao inteiro teor das declarações. Premiado o delator será se suas acusações forem provadas mas isso vai demorar, o primeiro turno terá passado e o linchamento eleitoral terá sido executado.
Algo de podre existe mesmo no reino dos negócios do setor privado com a Petrobras.
Leia aqui a íntegra no blog da Tereza Cruvinel, no 247.
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