Berzoini se reúne a portas fechadas com Henrique Alves

Governo continua os esforços para tentar apaziguar a insatisfação de parlamentares com o Executivo. Nesta sexta-feira, foi a vez de o ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, assumir a missão e conversar com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), na residência do deputado, em Brasília; de acordo com a assessoria, conversa seguiu o mesmo tom adotado ontem por Aloizio Mercadante, da Casa Civil

Governo continua os esforços para tentar apaziguar a insatisfação de parlamentares com o Executivo. Nesta sexta-feira, foi a vez de o ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, assumir a missão e conversar com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), na residência do deputado, em Brasília; de acordo com a assessoria, conversa seguiu o mesmo tom adotado ontem por Aloizio Mercadante, da Casa Civil
Governo continua os esforços para tentar apaziguar a insatisfação de parlamentares com o Executivo. Nesta sexta-feira, foi a vez de o ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, assumir a missão e conversar com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), na residência do deputado, em Brasília; de acordo com a assessoria, conversa seguiu o mesmo tom adotado ontem por Aloizio Mercadante, da Casa Civil (Foto: Gisele Federicce)


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Karine Melo e Carolina Gonçalves - Repórteres da Agência Brasil

O governo continua nesta sexta-feira 31 os esforços para tentar apaziguar a insatisfação de parlamentares com o Executivo. Nesta sexta-feira, foi a vez de o ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, assumir a missão e conversar com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). O encontro, que não estava na agenda oficial deles, ocorreu a portas fechadas, na residência de Alves, em Brasília.

De acordo com a assessoria do parlamentar, a conversa seguiu o mesmo tom adotado ontem pelo ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que pediu cautela a Henrique Alves e solicitou a relação de matérias que o presidente da Câmara pretende colocar em pauta até o final do ano. O Planalto tenta evitar que se coloque para votação em plenário matérias que causem impacto nas contas públicas. Depois da conversa com Berzoini, o deputado deve se encontrar com a presidenta Dilma Rousseff, que volta de um recesso pós-eleições, no domingo (2). Henrique Alves deve passar o fim de semana em Brasília. Ele antecipou que se reunirá com Dilma nos próximos dias, mas não divulgou a data.

À parte das negociações, que estão focadas principalmente na possibilidade de votação de uma pauta controversa para o governo no plenário da Câmara, deputados insatisfeitos com as relações com o Executivo ainda partem em outra frente e defendem corrida para retomar os debates sobre uma proposta de reforma política. O tema voltou a ter força no Parlamento depois que, reeleita, Dilma fez um discurso destacando a reforma como uma das prioridades de seu governo e defendendo um plebiscito para "legitimar" a discussão.

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Insatisfeitos, senadores e deputados reagiram, afirmando que o texto deve ser costurado pelo Legislativo. Esses parlamentares defendem que o Palácio do Planalto não pode apresentar uma proposta e convocar o plebiscito. Segundo eles, pelas regras, a iniciativa tem que partir da Câmara, com a assinatura de, pelo menos, 172 deputados.

Alves antecipou que apoia a retomada do esforço no Congresso e se mostrou otimista com a aprovação da admissibilidade da proposta do Grupo de Trabalho da Reforma Política (PEC 352/13), na quarta-feira (5), durante a reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Além do apoio do presidente da Casa, existe entre os parlamentares a certeza de que a matéria será incluída, ainda hoje, na pauta do colegiado com as previsões para os próximos dias. A convicção é reforçada pelo fato de o presidente da CCJ, Vicente Cândido (PT-SP), ser um dos entusiastas do tema no Parlamento. Ele usou a reforma política como uma das principais plataformas para sua reeleição no estado.

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Cândido defende um texto semelhante ao proposto pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que trata de pontos polêmicos como o financiamento de campanha, o sistema eleitoral, a forma de coligação nas eleições proporcionais e o equilíbrio da representatividade de grupos no Parlamento, incluindo mulheres, negros e indígenas.

Caso a comissão aprove a admissibilidade da PEC, será criada uma comissão especial que terá 40 sessões para ouvir diversos segmentos e costurar um texto, a ser submetido à opinião da população brasileira por um referendo popular.

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Até agora, a única ameaça que pode retardar a votação, no dia 5, é a apresentação de recurso pela defesa do deputado Luiz Argôlo (SD-BA), que teve seu pedido de cassação aprovado pelo Conselho de Ética na última semana. Se os advogados apresentarem pedido de revisão da decisão até segunda-feira (3), a pauta da CCJ fica trancada até que os parlamentares votem esse recurso. Na reunião de terça-feira (4), o colegiado deve decidir se acata ou rejeita o recurso já apresentado pelo deputado André Vargas (PT-PR), que vive a mesma situação de Argôlo.

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