PSDB quer impeachment ou só sangrar governo Dilma?

Senador Cássio Cunha Lima é o mais extremado; ex-candidato Aécio Neves diz que tema não está na agenda tucana; e governador Marconi Perillo não quer nem ouvir falar em impeachment; mesmo sem posição unitária, aumento da pressão do PSDB sobre presidente Dilma Rousseff deixa governo ferido, irritado e propenso a cometer mais erros, escreve a colunista de 247 Tereza Cruvinel; "como um touro provocado pelo toureiro"

Senador Cássio Cunha Lima é o mais extremado; ex-candidato Aécio Neves diz que tema não está na agenda tucana; e governador Marconi Perillo não quer nem ouvir falar em impeachment; mesmo sem posição unitária, aumento da pressão do PSDB sobre presidente Dilma Rousseff deixa governo ferido, irritado e propenso a cometer mais erros, escreve a colunista de 247 Tereza Cruvinel; "como um touro provocado pelo toureiro"
Senador Cássio Cunha Lima é o mais extremado; ex-candidato Aécio Neves diz que tema não está na agenda tucana; e governador Marconi Perillo não quer nem ouvir falar em impeachment; mesmo sem posição unitária, aumento da pressão do PSDB sobre presidente Dilma Rousseff deixa governo ferido, irritado e propenso a cometer mais erros, escreve a colunista de 247 Tereza Cruvinel; "como um touro provocado pelo toureiro" (Foto: Marco Damiani)


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Tereza Cruvinel, para o 247 - Cada vez mais se fala em impeachment na oposição. O senador Cássio Cunha Lima o defende, é atacado por isso, Aécio Neves sai em sua defesa: "não está no nosso programa mas falar em impeachment não é crime". Discrepante, apenas o governador Marcone Perillo, que defendeu Dilma: "ganhou, tem direito de governa".

A maior parte dos petistas e aliados do governo acha que o impeachment está para valer na agenda do PSDB e sua coalizão.  Mas dentro da própria oposição há quem explique: ele vão bater bumbo sobre o impeachment como quem provoca o touro com o pano vermelho, para enfurecê-lo, desorientá-lo, leva-lo a cometer movimentos errados. Na verdade, PSDB e aliados sabem que o impeachment é uma tática arriscada por algumas razões:

1. Ainda faltam os elementos jurídicos e políticos. Tudo bem que ele podem surgir, mas ainda assim, há outros pontos.

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2. Um deles, o alto custo para o país, na forma de desorganização da economia, perda de credibilidade e exposição aos ataques especulativos, que sobrariam para o governo do sucessor, seja ele quem for. Antes de dois anos de mandato, haveria nova eleição presidencial.

3. Para o PSDB, voltar ao poder na esteira de um impeachment não seria o melhor dos mundos. Haveria sempre a sombra do "golpismo", ainda que o afastamento fosse legal.

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Assim, mesmo falando em impeachment, o jogo é novamente o da sangria. Atazanar o governo Dilma, enfraquecê-lo até fazer dela o que os americanos chamariam "pata manca" (na comparação de presidentes fracos, geralmente em final de mandato, com "lame ducks"), ferir mais profundamente o PT em sua imagem e credibilidade e atingir, se possivel ao ponto de tornar inelegível, o ex-presidente Lula. Aí, sim, destas ruínas nacionais  emergiria um governo tucano livre de qualquer questionamento. É o que receitam os analistas políticos que refletem o pensamento tucano quando começam a fazer restrições ao impeachment.

Com Lula, a oposição apostou na "sangria" mas ele reagiu e reelegeu-se. Dilma, porém, enfrenta outro quadro econõmico e as próprias limitações. Não tem o carisma, a habilidade política e o poder de comunicação de Lula.  Nem por isso, preciso esperar imóvel pelos sangradores. Seu desafio agora é retomar a iniciativa política, que se passou do Executivo para o Legislativo.

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