FHC rejeita diálogo e pede 'oposição nas ruas'
Principal ideólogo da linha de ação oposicionista, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso rechaça qualquer possibilidade de diálogo com o governo da presidente Dilma Rousseff para enfrentar a instabilidade política atual; "problema: qual o limite entre diálogo político e 'conchavo', ou seja, a busca de uma tábua de salvação para o governo e para os que são acusados de corrupção?"; FHC também pede uma nova atitude para a oposição que, no 15 de março, apoiou, mas não participou dos protestos; "a oposição, além de ir às ruas para apoiar os movimentos populares e reformistas, deve assumir sua parcela de responsabilidade na condução do País para dias melhores"
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247 - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, "general" que dá a linha de ação para os principais movimentos da oposição no País, sinaliza a nova política do PSDB e de seus aliados a partir de agora. Além de rejeitar o diálogo com o governo da presidente Dilma Rousseff, ele quer as lideranças oposicionistas nas ruas, a partir de 12 de abril, data dos próximos protestos.
É o que ele aponta no artigo "Oposição e reconstrução", publicado neste domingo. "As oposições devem começar a desenhar outro percursos na economia e na política. Como a crise, além de econômica e social, é de confiabilidade (o governo perdeu popularidade e credibilidade), começam a surgir vozes por um 'diálogo' entre oposições e governo", diz ele. "Problema: qual é o limite entre diálogo político e 'conchavo', ou seja, a busca de uma tábua de salvação para o governo e os que são acusados de corrupção?", questiona.
FHC defende ainda um modelo de reforma política, com tetos para os doadores privados, mas pede que a oposição vá além e compareça às ruas no dia 12 de abril. "Sei que não basta reformar os partidos e o Código Eleitoral. Mas é um bom começo para a oposição que, além de ir às ruas para apoiar os movimentos populares, deve assumir sua parcela de responsabilidade na condução do País para dias melhores", afirma.
O ex-presidente parece apostar, ainda, no chamado 'quanto pior, melhor'. "Deste governo há pouco a esperar, mesmo quando, movido pelas circunstâncias, tenta corrigir os rumos. Tanto quanto popularidade, falta-lhe credibilidade".
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