PSDB traça plano para capitalizar protestos
PSDB tenta se aproveitar dos protestos organizados para o próximo domingo 12 para herdar o sentimento de insatisfação; para isso, começa uma força-tarefa para fortalecer seu papel na oposição, com uma campanha nacional de filiação, que ficará sob o comando do ex-deputado José Aníbal (PSDB-SP), e maior atuação no Congresso, onde pretende protocolar uma proposta de reforma política; presidente da legenda, senador Aécio Neves (PSDB-MG), planeja ir às ruas pela primeira vez a fim de compor o coro pelo impeachment da presidente Dilma; ex-presidente FHC pediu 'oposição nas ruas' em artigo no último domingo
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247 – O PSDB inicia esta semana um plano para atrair os insatisfeitos com o governo federal e fortalecer seu papel como partido de oposição. Uma campanha nacional de filiação, a ser comandada pelo ex-deputado José Aníbal (PSDB-SP), acontece na esteira dos protestos organizados para o próximo domingo 12, que pedirão o impeachment da presidente Dilma Rousseff, e pretende gerar uma filiação em massa à legenda.
Outro ponto da estratégia é trocar lideranças nos 200 maiores diretórios municipais que, na avaliação dos tucanos, têm fraco desempenho na formação de bancadas. "Vamos fazer um esforço para dinamizar o partido onde não está dando sinal de vida faz tempo, onde não elege vereadores, deputados e teve desempenho abaixo da média na eleição presidencial", detalhou o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP).
O partido também pretende protocolar na Câmara seu projeto de reforma política essa semana. Seis propostas englobam o projeto: voto distrital misto, mandato presidencial de cinco anos sem reeleição, fim das coligações proporcionais, contagem de tempo de TV apenas do candidato e vice que compõem a chapa e cláusula de barreira.
Depois de apenas incentivar os críticos ao governo a irem às ruas, Aécio deve comparecer pessoalmente pela primeira vez nos protestos. No último domingo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso publicou um artigo em que defende que "a oposição, além de ir às ruas para apoiar os movimentos populares e reformistas, deve assumir sua parcela de responsabilidade na condução do País para dias melhores".
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