Cunha prevê Congresso “mais duro” após recesso

"Quem acha que deputado de folga por duas semanas dá um alívio, está enganado. Os deputados vão passar duas semanas nas suas bases eleitorais. O aprofundamento do desemprego vai gerar muita pressão neles, que tendem a voltar mais duros [com o governo]", afirmou o presidente da Câmara, em café da manhã com jornalistas em que fez um balanço de seu primeiro semestre à frente da Casa; Eduardo Cunha (PMDB-RJ) admitiu que pediu análises jurídicas sobre o pedido de impeachment protocolado pelo Movimento Brasil Livre na Câmara e espera ter uma posição nos próximos 30 dias; para ele, o impeachment não é improvável, mas seria um passo atrás para a democracia; "O Brasil não é o Paraguai", ressaltou; segundo ele, o PMDB "não aguenta mais" a aliança com o PT

"Quem acha que deputado de folga por duas semanas dá um alívio, está enganado. Os deputados vão passar duas semanas nas suas bases eleitorais. O aprofundamento do desemprego vai gerar muita pressão neles, que tendem a voltar mais duros [com o governo]", afirmou o presidente da Câmara, em café da manhã com jornalistas em que fez um balanço de seu primeiro semestre à frente da Casa; Eduardo Cunha (PMDB-RJ) admitiu que pediu análises jurídicas sobre o pedido de impeachment protocolado pelo Movimento Brasil Livre na Câmara e espera ter uma posição nos próximos 30 dias; para ele, o impeachment não é improvável, mas seria um passo atrás para a democracia; "O Brasil não é o Paraguai", ressaltou; segundo ele, o PMDB "não aguenta mais" a aliança com o PT
"Quem acha que deputado de folga por duas semanas dá um alívio, está enganado. Os deputados vão passar duas semanas nas suas bases eleitorais. O aprofundamento do desemprego vai gerar muita pressão neles, que tendem a voltar mais duros [com o governo]", afirmou o presidente da Câmara, em café da manhã com jornalistas em que fez um balanço de seu primeiro semestre à frente da Casa; Eduardo Cunha (PMDB-RJ) admitiu que pediu análises jurídicas sobre o pedido de impeachment protocolado pelo Movimento Brasil Livre na Câmara e espera ter uma posição nos próximos 30 dias; para ele, o impeachment não é improvável, mas seria um passo atrás para a democracia; "O Brasil não é o Paraguai", ressaltou; segundo ele, o PMDB "não aguenta mais" a aliança com o PT (Foto: Gisele Federicce)


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247 - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quinta-feira que acredita que os deputados adotarão um tom mais crítico ao governo da presidente Dilma Rousseff após o recesso parlamentar.

"Quem acha que deputado de folga por duas semanas dá um alívio, está enganado. Os deputados vão passar duas semanas nas suas bases eleitorais. O aprofundamento do desemprego vai gerar muita pressão neles, que tendem a voltar mais duros [com o governo]", afirmou, durante café da manhã com jornalistas em que apresentou o balanço do semestre à frente da Câmara.

Cunha admitiu que pediu análises jurídicas sobre o pedido de impeachment protocolado na Câmara pelo Movimento Brasil Livre e que espera ter uma posição nos próximos 30 dias.

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Segundo ele, o impeachment da presidente Dilma não é improvável, mas seria um passo atrás para a democracia e não deveria ocorrer. "Não pode acontecer com o Brasil o que aconteceu com o Paraguai. O Brasil não é o Paraguai", ressaltou.

O deputado afirmou ainda que seu partido já não "aguenta mais" a aliança com o PT, e que o discurso unificado do PMDB a favor de uma candidatura própria para a Presidência em 2018 foi um "recado" à sociedade.

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Cunha também disse que a maioria parlamentar do governo no Congresso é "falsa". "O governo finge que tem maioria e a maioria finge que é governo, mas não é governo", afirmou.

Abaixo, reportagem da Agência Brasil:

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PMDB só não deixa governo por compromisso político, diz Cunha

Carolina Gonçalves - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse hoje (16) que o PMDB só manterá a aliança com o PT até o final do governo para cumprir o compromisso firmado nas urnas e manter a governabilidade do país. Segundo ele, não é "improvável" que a legenda saia a qualquer tempo do governo, mas esta não seria a postura "ideal".

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"É uma forma de dizer para a sociedade que estamos lá para dar governabilidade porque assumimos este compromisso mas estamos doidos para cair fora", afirmou. Durante um balanço sobre o primeiro semestre a frente da Câmara dos Deputados, Cunha explicou que a legenda tem responsabilidade com o país e que a população não entenderia uma saída do PMDB neste momento, mas acrescentou: "Se tem um partido que não quero fazer aliança hoje é o PT".

O presidente da Câmara afirmou que o PMDB nunca fez parte do governo e o fato de ocupar o comando de alguns ministérios "não significa nada". Segundo ele, as pastas interessam apenas aos ministros mas não contempla ou inclui as posições do partido na tomada de decisões.

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"O PMDB não está no governo. Estão os ministros, mas se pegar a estrutura abaixo é toda do PT. O PMDB não manda nos ministérios. A gente fica com o ônus e não com o bônus. A aliança não teve apoio de 40% do partido. E esses mesmos 40% continuam contrários ao governo. O PMDB só serviu para votar e nunca para preparar uma elaboração política," avaliou.

Ontem, Cunha, vice-presidente da República Michel Temer e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) confirmaram que a legenda terá candidatura própria nas eleições de 2018. Cunha disse que não há candidaturas acertadas e descartou inclusive especulações sobre o seu nome. "Não sou candidato a nada. Se o povo deixar eu voltar como deputado já vou ficar feliz", garantiu. Para ele, as declarações de Temer e Renan mostraram que os peemedebistas agora estão falando "a mesma língua". "Quando eu falava era rebeldia. O PMDB tomou um posicionamento político. Todos que têm influência e liderança no PMDB pensam iguais. Não aguentamos mais aliança com o PT," afirmou.

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Articulação política

Eduardo Cunha voltou a defender a saída de Michel Temer da articulação política do governo assim que as medidas do ajuste fiscal forem concluídas. "Ele assumiu a articulação num momento da mais grave crise de governabilidade. Se não tivesse assumido, as medidas de ajuste não teriam passado, mas na minha opinião não deveria continuar," disse.

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Para o peemedebista, a atual crise política aliada à crise econômica em que vive o país tendem a agravar a capacidade do governo Dilma Rousseff. Cunha voltou a defender o parlamentarismo como solução para o país e afirmou que se este fosse o regime atua, o Brasil não estaria vivendo esta crise institucional e política. Segundo ele, o tema será discutido assim que os parlamentares voltarem do recesso que começa a partir da próxima semana e a ideia é estudar alternativas que possam valer a partir de 2019.

Cunha ainda avaliou que a pressão ao governo deve aumentar após o recesso parlamentar. "O aprofundamento do desemprego vai gerar muita pressão em cima dos deputados que estarão em suas bases no período do recesso. Eles tendem a voltar muito mais duros," apostou.

Apesar das críticas, o presidente da Câmara garantiu que deseja os melhores votos para Dilma. "A instabilidade política e a ingovernabilidade não são boas para ninguém. Sou brasileiro, tenho filhos. E ela sempre me tratou com maior deferência. Não tenho o que reclamar dela. Mas não quer dizer que não posso criticar o governo. Como quero o melhor a crítica talvez possa ajudar", concluiu.

Eduardo Cunha ainda explicou que está analisando o posicionamento de consultores da Câmara e de juristas que não atuam no Congresso sobre o pedido de impeachment apresentado pelo Movimento Brasil Livre. O peemedebista não opinou nesta etapa e disse que só vai se manifestar quando tiver estudado todos os pareceres que, segundo ele, deve ocorrer nos próximos 30 dias.

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