Edinho desmonta tese de Cunha sobre conspiração

Para o ministro da Comunicação Social, a história recente, com petistas importantes sendo indiciados, processados, condenados e presos, mostra que o governo não tem ingerência sobre o trabalho da Polícia Federal e do Ministério Público, como tenta fazer crer o presidente da Câmara, acusado de receber US$ 5 milhões em propina de esquemas na Petrobras; Edinho diz ainda que impeachment não pode ser instrumento de luta política: "Se alguém quer governar o Brasil, que espere três anos. Começar a instaurar um ambiente de golpe, isso fica na história de um país"

Foto: Maurício Garcia de Ssouza/ ALESP (10/09/2013
Foto: Maurício Garcia de Ssouza/ ALESP (10/09/2013 (Foto: Realle Palazzo-Martini)


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247 - O ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, conclama o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), agora autodeclarado oposição ao governo Dilma Rousseff (PT), a pensar nos interesses do país. Para ele, a história recente, com petistas graúdos sendo indiciados, processados, condenados e presos, mostra que o governo não tem ingerência sobre o trabalho da Polícia Federal e do Ministério Público.

Cunha culpa o governo por ter incluindo seu nome na lista de investigados depois que o delator da Lava Jato Júlio Camargo declarou ter pago a ele US$ 5 milhões em propina. “A própria história recente mostra que o Executivo não tem essa capacidade de ação nas outras instituições do Estado”, reforça o ministro.

Em entrevista ao jornal O Globo, Edinho diz esperar que o PMDB, independente das contradições entre suas lideranças, possa continuar cumprindo “um papel histórico (na governabilidade) e que o vice-presidente Michel Temer possa continuar tendo um papel de liderança na construção da governabilidade, no desenvolvimento do nosso projeto de nação.”

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Edinho entende que as derrotas do governo no Congresso reforça a instabilidade e diz que o fato de o PT ter lançado candidato na disputa pela Presidência da Câmara confere certa autonomia a Cunha: “Temos hoje uma dificuldade grande de consolidação da base de apoio. A eleição do Senado se deu de forma mais tranquila, o PT apoiou o presidente Renan Calheiros. Na Câmara, o PT tinha uma outra candidatura, que foi derrotada. Portanto, o presidente da Câmara não foi vencedor com o apoio do PT, o que lhe dá uma autonomia, mesmo sendo do PMDB.”

Na entrevista, Edinho fez questão de reforçar que, se o PT é acusado de receber doações então legais que agora são associadas a crimes, conforme o delator Ricardo Pessoa, da UTC, a oposição também recebeu valores muito parecidos no mesmo “esquema”. E que Dilma vai continuar a visitar o País, pois tem obras a entregar, indiferente às vaias. “Também foi aplaudida”, rebate.

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Sobre o pedido de impeachment de Dilma, Edinho diz que não pode ser instrumento de luta política e precisa de materialidade jurídica. "Tem que ter algo muito grave colocado que justifique impedir um processo de governo. O impedimento de um governo não pode ser luta política. Se alguém quer governar o Brasil, que espere três anos, vamos estar em processo eleitoral. Começar a instaurar um ambiente de golpe, isso fica na história de um país. Isso não condiz com o regime democrático sólido como o Brasil tem. Espera-se que todas as lideranças políticas desse país, não só da situação, como da oposição, que não caiam na tentação do atalho, da leitura simplista da conjuntura, porque o Brasil é maior do que os interesses partidários conjunturais. O Brasil tem que estar colocado acima de projetos pessoais. Na oposição, tem muita gente que tem biografia, que ofereceu a sua vida pela construção da democracia, que tem responsabilidade histórica, então, não penso que esta seja a voz corrente na oposição."

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