Dilma: eleição indireta é golpe dentro do golpe

A ex-presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira (22), em Buenos Aires, que a realização de eleições indiretas para a Presidência via Congresso —causadas por uma eventual renúncia ou cassação de Michel Temer após 31 de dezembro— seria um "golpe dentro do golpe"; "Com o golpe de 1964 ocorreu algo parecido, ele só se concretizou mesmo em 13 de dezembro de 1968 [data do Ato Institucional-5, que endureceu o regime]. Também agora estamos vendo um longo processo de golpes, que começaram com a minha saída por meio de um impeachment fraudulento"; a petista classificou o processo que vive o Brasil como um "ataque de fungos e parasitas que está corroendo nossa democracia"

Brasília - DF, 02/09/2016. Presidenta Dilma Rousseff durante entrevista para agências internacionais no Palácio da Alvorada. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Brasília - DF, 02/09/2016. Presidenta Dilma Rousseff durante entrevista para agências internacionais no Palácio da Alvorada. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR (Foto: Giuliana Miranda)


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247 - A ex-presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira (22), em Buenos Aires, que a realização de eleições indiretas para a Presidência via Congresso —causadas por uma eventual renúncia ou cassação de Michel Temer após 31 de dezembro—  seria um "golpe dentro do golpe". "Com o golpe de 1964 ocorreu algo parecido, ele só se concretizou mesmo em 13 de dezembro de 1968 [data do Ato Institucional-5, que endureceu o regime]. Também agora estamos vendo um longo processo de golpes, que começaram com a minha saída por meio de um impeachment fraudulento." A petista classificou o processo que vive o Brasil como um "ataque de fungos e parasitas que está corroendo nossa democracia."

As informações são da Folha de S.Paulo.

"Dilma participou de um evento organizado pela CLACSO (Conselho Latino-americano de Ciências Sociais), muito concorrido por um público de estudantes, militantes de movimentos sociais e políticos ligados à ex-presidente argentina Cristina Kirchner. Festejada pelos funcionários do governo Kirchner, Dilma retribuiu sempre sorridente.

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Ela abraçou efusivamente o ex-ministro de Economia argentino Axel Kicillof e recebeu outras figuras de destaque do universo kirchnerista, como o ex-diretor da Biblioteca Nacional Horacio González, líder do grupo de intelectuais que apoiaram Cristina, a presidente das Avós da Praça de Maio, Estela de Carlotto, e outros representantes de movimentos sociais.

Em curta entrevista a meios locais e estrangeiros, disse não crer que o presidente Temer possa renunciar. 'Acreditar nisso é uma ingenuidade, ninguém dá um golpe ilegal, ferindo e rasgando a Constituição, para depois renunciar. Quanto ao TSE, a chance que tinha de anular a nossa candidatura já foi, o tribunal já está em recesso. Além disso, não estava dentro do receituário dos golpistas tirar o Temer neste ano. Quando quiserem achar um motivo, eles acham, e se ficar para o ano que vem, é isso, vai ser o golpe dentro do golpe.'."

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