Padilha é acusado de receber R$ 3,9 milhões de universidade por serviços não prestados

Citado 45 vezes na delação de apenas um executivo da Odebrecht, ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, braço direito de Michel Temer, se vê diante de novo caso de escândalo de corrupção; Padilha é réu em ação de improbidade administrativa na Justiça Federal por receber R$ 3,9 milhões da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) por serviços não prestados; durante grave crise fiscal pela qual passou a instituição, articulou reunião entre representantes do Ministério da Fazenda e da universidade para discutir as dificuldades financeiras e atuou como lobista da Ulbra

Rio de Janeiro - O ministro interino da Casa Civil, Eliseu Padilha fala durante cerimônia de abertura da Casa Brasil no Pier Mauá, na zona portuária da capital. (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Rio de Janeiro - O ministro interino da Casa Civil, Eliseu Padilha fala durante cerimônia de abertura da Casa Brasil no Pier Mauá, na zona portuária da capital. (Tomaz Silva/Agência Brasil) (Foto: Aquiles Lins)


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247 - Acusado de receber R$ 1 milhão de departamento de propinas da Odebrecht, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, braço direito de Michel Temer, se vê diante de novo caso de escândalo de corrupção.

Padilha é réu em ação de improbidade administrativa na Justiça Federal por receber cerca de R$ 7 milhões (em valores atualizados) da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) por serviços não prestados. 

Segundo reportagem de Felipe Bachtold, duas empresas dele, chamadas Rubi e Fonte, receberam na década passada da instituição de ensino R$ 3,9 milhões enquanto Padilha era deputado federal pelo Rio Grande do Sul. Uma auditoria na universidade não encontrou documentos comprovando a prestação de serviços de consultoria.

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O Ministério Público Federal diz que o acordo entre uma universidade concessionária de serviço público e um deputado no exercício do mandato atenta contra a administração pública e acusa o hoje ministro de indicar pessoas para a concessão de bolsas.

Na época do "contrato" com Padilha, a Ulbra tentava reaver um certificado de filantropia que garante isenção de impostos. Durante grave crise fiscal pela qual passou a instituição, o braço direito de Temer articulou uma reunião entre representantes do Ministério da Fazenda e da universidade para discutir as dificuldades financeiras 

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No depoimento, Padilha confirmou que, em uma ocasião, chegou a pedir ao Conselho Nacional de Assistência Social que fosse colocado na pauta um processo que poderia beneficiar a Ulbra, mas diz ter feito isso "como parlamentar" em defesa dos interesses do Estado, de modo voluntário.

Um dos mais poderosos ministros de Temer, Padilha também se vê sob ameaça da Operação Lava Jato. Na delação do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho, revelada em dezembro, ele foi citado 45 vezes.

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