Polícia remove sete mil de comunidade em SP

Confrontos em Pinheirinho, So Jos dos Campos,persistiram ao longo do dia; ministro Gilberto Carvalho disse que ao da polcia atropelou as negociaes para a desocupao pacfica do local; Palcio do Planalto foi surpreendido pela reintegrao de posse, que comeou no incio do dia

Polícia remove sete mil de comunidade em SP
Polícia remove sete mil de comunidade em SP (Foto: Divulgação / Anderson Barbosa /Agência Estado)


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247 – Ainda é tensa a situação em Pinheirinho, São José dos Campos (SP), onde a Polícia Militar conduz, desde a manhã deste domingo, uma ação de reintegração de posse. Moradores da localidade incendiaram um carro na rua que dá acesso à comunidade por volta das 20h. O fogo foi controlado pelos bombeiros trinta minutos depois, mas os confrontos continuam. Os desalojados e a polícia se desentenderam mais uma vez no ginásio de esportes para onde os moradores de Pinheirinho foram encaminhados pela prefeitura local.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, criticou a ação de reintegração de posse do terreno do megainvestidor Naji Nahas em Pinheirinho. Segundo Carvalho, encarregado pelo Palácio do Planalto para lidar com os movimentos sociais, atropelou as negociações para a desocupação pacífica do local. Um dos assessores do ministro que intermediava as conversas chegou, inclusive, a ser atingido por uma bala de borracha na perna.

Segundo a Folha de S.Paulo, o ministro evitou fazer críticas à ação da polícia e ao governo de São Paulo, mas disse que o governo federal foi surpreendido pela ação em pleno domingo. A presidente Dilma Rousseff pediu que Carvalho e os ministros José Eduardo Cardozo, da Justiça, e Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos acompanhem os desdobramentos da reintegração de posse.

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Na avaliação do governo federal, o uso da força no local era desnecessário, já que existem pessoas vivendo ali há oito anos e haviam negociações para a retirada pacífica das famílias. PO ministro José Eduardo Cardoso teria inclusive telefonado para o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), para alertar sobre os riscos do uso da força policial, já que, na avaliação do Palácio do Planalto, parte das famílias que habitam o local têm ligações com os movimentos sociais mais radicais. Dezesseis pessoas foram detidas pela Polícia Militar durante os confrontos.

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