Alencar vê lavagem entre Santiago e Perillo

Deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) acentua contradição entre pagamento em dinheiro por casa do governador goiano, como alega Walter Paulo Santiago (dir.) à CPI, e recebimento de três cheques, na versão de Marconi Perillo; "Paguei em pacotinhos, em notas de 50 e 100", diz empresário no Congresso

Alencar vê lavagem entre Santiago e Perillo
Alencar vê lavagem entre Santiago e Perillo (Foto: Wilson Dias/ABr)


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247 – Durante o depoimento do empresário Walter Paulo Santiago, na sessão da CPI do Cachoeira nesta terça-feira 5, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) acentuou uma contradição na fala do dono da Faculdade Padrão e de outras empresas, apontado como o comprador de uma casa de luxo do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Santiago diz ter pago o imóvel, vendido a R$ 1,4 milhão, em dinheiro. O governador, porém, já disse em entrevista ter recebido o pagamento por meio de três cheques, assinados em nome de seu sobrinho, Leonardo Almeida Ramos. "Não sei nada de cheque", disse o depoente na sessão de hoje.

O deputado do PSOL afirmou que ou o governador de Goiás foi enganado em relação à versão dos pagamentos ou o episódio se trata de lavagem de dinheiro. A compra foi feita por meio da empresa Mestra, de investimentos imobiliários, a qual é administrada por Santiago. Outra contradição diz respeito à origem do dinheiro. Na primeira versão, o depoente disse que se tratava de empréstimos – não soube dizer de onde, já que foram feitos por seu contador. Depois, afirmou que o valor estava guardado em casa, e que se tratavam de "sobras" de suas empresas.

Relator do requerimento de convocação do empresário, o senador José Pimentel (PT-CE) questionou sobre o traslado do dinheiro que pagou a casa, mas Santiago afirmou que não se lembrava. "Eu deixo de responder". Contou, porém, que fez o pagamento dentro de sua própria residência a duas pessoas, Lúcio Fiuza e Wladimir Garcez, em pacotinhos com notas de R$ 100 e R$ 50. Em resposta, o senador disse sobre o depoente: "Ele teve o cuidado de dizer que o dinheiro foi pago em notas de R$ 50 e de R$ 100, mas não se lembra de onde vieram R$ 1,4 milhão".

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Questionado por mais de uma vez sobre a estranha forma de pagamento que fez para quitar a casa – em dinheiro e num valor tão alto (os R$ 1,4 milhão foram pagos à vista) –, Santiago encarou o fato como sendo comum e disse ainda que sequer tinha conta bancária. Depois, lembrou-se de uma conta no Bradesco, mas voltou a afirmar que não usa cheques.

Leia aqui noticiário anterior do 247 e assista à sessão da CPI por este link: http://www.senado.gov.br/noticias/tv/

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