PSB "fechado" com Dilma em 2014 para acalmar o PT

Socialistas reforçam o discurso de que a legenda vai apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014; Figurões socialistas se apressam em afirmar que o PSB só deverá alçar voo próprio em 2018

PSB "fechado" com Dilma em 2014 para acalmar o PT
PSB "fechado" com Dilma em 2014 para acalmar o PT (Foto: Edição/247)


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Raphael Coutinho _PE247 – Tentando minimizar os atritos existentes na relação PT-PSB, alguns socialistas afinaram o discurso para garantir que a legenda estará com Dilma Rousseff em 2014. O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho e o governador do Ceará, Cid Gomes, garantem que o partido estará com o PT em 2014 e buscam jogar água na fervura para esfriar os ânimos. A briga ganhou corpo nos últimos dias com o PT acusando publicamente o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, de traição e de querer se lançar à presidência da República já em 2014.

O ministro Fernando Bezerra Coelho garantiu à revista IstoÉ que o seu partido estará com o PT em 2014, na tentativa de reeleger Dilma e, desta forma, colocar um ponto final a celeuma. “Sem sombra de dúvida, o compromisso do PSB em 2014 é com a reeleição da presidenta Dilma”, falou, explicando que um possível voo do PSB somente se dará na eleição seguinte. “A candidatura de Eduardo (Campos, presidente do PSB) pode ficar para 2018”, acrescentou. Quanto à relação entre Campos e o ex-presidente Lula, Bezerra Coelho afirmou que existe muita especulação. “Tem muito veneno que querem colocar nessa relação. Estive com o Lula recentemente e ele mandou recado ao Eduardo. Quer fazer política por mais dez anos e com o partido. É uma relação sólida”, afirmou.

Quem também já adiantou o apoio à presidente Dilma Rousseff em 2014 foi o governador do Ceará, Cid Gomes, outro cacique do PSB. Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o socialista afirmou que considera um erro tentar nacionalizar as disputas municipais. "Já disse à presidente Dilma que estarei com ela em 2014", afirmou Gomes. “Alguns tentam propalar a tese de que o PSB está se contrapondo ao PT, mas a verdade é que cada capital tem sua realidade própria. Tentar nacionalizar a disputa municipal é irracional, ilógico. Já disse à presidente Dilma que vou apoiá-la em 2014”, reafirmou.

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A situação dita pelo ministro Fernando Bezerra Coelho é reforçada pelo fato que socialistas e petistas integram, juntamente, governos em vários âmbitos. O próprio gestor faz parte dos quadros do primeiro escalão da presidente Dilma Rousseff. Em Pernambuco, o PT ocupa duas pastas no Governo Eduardo Campos. Na Prefeitura do Recife o PSB também integra o governo comandado pelo prefeito João da Costa.

Por outro lado, Roberto Amaral atribui à crise entre as duas agremiações ao próprio PT, que tenta rachar o Governo. "A quem interessa, no PT, criar dificuldades com a base? Não é Lula e nem Dilma. É a direita do PT? Isso seria a divisão do campo da esquerda", disse à Coluna Painel, da jornalista Vera Magalhães. Amaral disse, ainda, que o partido busca negociar um “armistício” nas cidades onde o PT e o PSB estão em lados opostos. Para isso, ainda segundo o vice-presidente socialista, é necessário acabar com os “porta-vozes”, e que tudo seja articulado diretamente entre Lula e Eduardo.

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Na última semana, em entrevista ao PE 247, o coordenador nacional da Comissão de Ética e um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores, Francisco Rocha da Silva, Rochinha, disse que “o PSB traiu o PT”. Ele também revelou que o clima entre Lula e Eduardo Campos “já foi bom, mas hoje não é mais”. Sendo assim a lenha entre as duas legendas ainda vai arder por um bom tempo.

 

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