E tudo começou com a venda de Alencar ao PT

Esta segunda-feira foi dia de Valdemar Costa Neto, condenado por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha pelo revisor Ricardo Lewandowski. A origem de tudo já havia sido narrada abertamente pelo ex-porta-voz de Lula, Ricardo Kotscho, no livro "Do Golpe ao Planalto". Valdemar vendeu o vice José Alencar ao PT por R$ 10 milhões

E tudo começou com a venda de Alencar ao PT
E tudo começou com a venda de Alencar ao PT


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247 - A política como um grande negócio. Nenhum personagem ilustra tão bem esse conceito como o deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), que nesta segunda-feira foi condenado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha pelo revisor Ricardo Lewandowski.

Mercador assumido, Valdemar vendeu ao PT, em 2002, um vice-presidente: José Alencar. O preço? Dez milhões de reais para as campanhas dos candidatos do PL (ex-PR). E esse episódio foi narrado abertamente pelo ex-porta-voz de Lula, Ricardo Kotscho, no livro "Do Golpe ao Planalto". Leia:

DO GOLPE AO PLANALTO

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Ricardo Kotscho

(início página 222 – passa à 223 / capítulo "RUMO À VITÓRIA")

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Descrição de episódio em 2002)

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Desde o início, Lula viajou em jatinhos fretados e, em vez de encontrar apenas a militância e os setores do movimento social que já o apoiavam, mantinha constantes reuniões com entidades e setores do empresariado antes refratários ao PT. Por isso, ele se empenhava tanto em consolidar a aliança com o PL, o que só foi conseguido no último momento do último dia do prazo para a inscrição de chapas. Numa tensa reunião no apartamento funcional do deputado Paulo Rocha (PT-PA), da qual participaram , além de Lula e Alencar, os presidentes do PT, José Dirceu, e do PL, Valdemar Costa Neto, bem como vários diligentes dos dois partidos, houve um momento em que parecia ter fracassado a tão sonhada aliança capital-trabalho. Dirceu chegou a dar as conversações por encerradas. Lula pediu uma ligação para o petista Patrus Ananias, mineiro como Alencar, que seria o vice do plano B – chapa "puro-sangue" que o candidato e a coordenação da campanha queriam evitar.

Dezenas de jornalistas aguardavam uma definição na portaria do edifício de Rocha. Por pouco não desci para dizer-lhes que não haveria mais a chapa PT-PL. Quando já ia pegar o elevador, fui chamado de volta. As negociações haviam recomeçado, agora no quarto do anfitrião. Embora sempre procurasse me manter à distância nessas horas, esperando por uma decisão para comunicá-la à imprensa, estava claro para todos que o impasse se dava na questão da ajuda financeira que o PL tinha pedido ao PT para fazer sua campanha. Somente três anos depois, quando estourou o "escândalo do mensalão", eu ficaria sabendo que o valor solicitado era de 10 milhões de reais. No início da noite, os dirigentes dos dois partidos anunciaram que a aliança estava selada, como queriam Lula e Alencar.

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