Interpretando as urnas

Qual a lição enraizada nas eleições municipais de 2012? A primeira é o descrédito pleno e total da população com a classe política, pois o número de votos brancos e nulos alcançou cerca de 20%



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Qual a lição enraizada nas eleições municipais de 2012? A primeira é o descrédito pleno e total da população com a classe política, pois o número de votos brancos e nulos alcançou cerca de 20%.

Nessa perspectiva, igualmente, acabou-se o reinado de partidos considerados imbatíveis e novas forças políticas passam a abrir espaço no cenário local e nacional.

Noutro momento, o desgaste do voto obrigatório precisa ser revisto e substituído pelo voto facultativo, como ocorre nas modernas democracias.

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O segundo aspecto diz respeito ao embate enfadonho e do horário obrigatório, que deve dar espaço aos indicadores da vontade popular.

Esse ponto é fundamental, pois que, sem renovação, nada atingiremos, assim as bases necessitam ser ouvidas e as lições aprendidas.

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Num derradeiro ponto da leitura das urnas, temos que a renovação mostrou a sua cara, não apenas em relação aos novos partidos políticos, mas, essencialmente, por meio de candidatos sem comprometimento com o passado, a chamada ficha limpa.

E a renovação é a essência de qualquer democracia, não podendo, os velhos caciques, chamar para si a total responsabilidade iluminada das candidaturas e suas disputas.

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E, daqui a dois anos, quando se prenunciarem os novos horizontes do cenário político, avançaremos com eleições para os Estados e para a Presidência da República.

Na técnica abordada, o colégio eleitoral sofre a fadiga do material, que não se mostra conectado com os anseios e as esperanças da classe social, que ascende ao consumo.

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Embora o Brasil enfrente o desafio maior da globalização e o crescimento desacelerado do seu parque industrial, muita coisa resta por fazer e o sentido está consolidado num programa de aumento da renda e na menor exclusão social.

A leitura que se faz dos resultados das eleições consolida o domínio de novas siglas e a vinda de propostas políticas abertas ao eleitor, cuja participação, em todo o processo, é a semente que faz germinar a campanha desde o início até sua conclusão.

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Temos inúmeros partidos políticos, e isso é um atraso para que o eleitor compreenda as siglas e as alianças políticas, unidos ou não, os candidatos disputam o poder e se despem de princípios, que assegurariam a normalidade apregoada pela Constituição Federal.

Nos EUA, as urnas eleitorais são abertas com antecedência, e isso é um modelo que não traria qualquer dúvida para ser implantado no Brasil, já que os eleitores indicam seus votos e não tem necessidade de se marcar um dia específico para a votação e paralisação dos demais trabalhos.

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Desta forma, o horário e o voto obrigatório devem ser revistos, os partidos políticos reunidos em  6 legendas, no máximo, e a fiscalização das Cortes eleitorais ser permanente, e não apenas no tempo das eleições.

O principal recado dado pelo eleitor comparecente, ou que não quis votar, está no significado urgente e inadiável do Muda Brasil.

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Essa mudança é, sobretudo, do padrão de enfoque dado pela classe política, que não acredita nas desesperanças da população, a qual não tem acesso ao serviço público correspondente.

E, uma vez finda a eleição, agora, em janeiro, é tempo de cobrança para que saibamos, em definitivo, se os prefeitos eleitos mostram-se compromissados com suas plataformas de campanha e assumirão, em definitivo, suas responsabilidades.

A vida é pautada pela proximidade das cidades, e não pelo contato distante dos Estados ou impessoal da União, na base das cidades é que sinalizam os marcos irremediáveis da saúde, transporte, educação, habitação, em suma, o conjunto de funções que a classe social permeia e cobra ao longo das promessas de campanha, muito das quais, paradigmáticas, não se definem no exercício do mandato.

Chegou o tempo de mudança e, com ele, o acompanhamento permanente da população para aplaudir ou vaiar os eleitos que não concretizaram as reformas desenhadas no papel.

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