Valério implica Lula e relata ameaça de morte

Em depoimento prestado à procuradoria-geral da República e obtido pelo jornal Estado de S. Paulo, empresário mineiro afirma que recursos movimentados por ele bancaram despesas pessoais do ex-presidente; ele afirmou ainda que o PT pagou R$ 4 milhões das suas despesas com advogados e relatou uma suposta ameaça feita por Paulo Okamotto. "Tem gente no PT que acha que a gente deveria matar você"

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247 – Em depoimento prestado em 24 de setembro à Procuradoria-Geral da República, o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza afirmou que o esquema do mensalão ajudou a bancar despesas pessoais de Lula em 2003, então presidente. As informações foram obtidas pelo jornal "O Estado de S. Paulo".

O depoimento foi dado após o empresário ter sido condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), por formação de quadrinha, lavagem de dinheiro, entre outros crimes.

Ainda de acordo com a publicação, o ex-presidente consentiu com os empréstimos que serviriam de pagamentos a deputados da base aliada, em reunião no Planalto com a presença do ex-ministro José Dirceu e do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.

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Os recursos provenientes do mensalão teriam sido depositados na conta da empresa do ex-assessor da Presidência Freud Godoy. Valério ainda afirmou que Lula atuou a fim de obter dinheiro da Portugal Telecom para o PT. O empresário afirma que os R$ 4 milhões pedidos por seus advogados para defendê-lo no processo foram pagos pelo PT e relatou a montagem de uma suposta "blindagem" de petistas contra denúncias de corrupção em Santo André da gestão Celso Daniel.

Em outra parte do depoimento, diz que o diretor do Instituto Lula e amigo do ex- presidente, Paulo Okamotto o teria ameaçado de morte caso ele "contasse o que sabia". "Tem gente no PT que acha que a gente deveria matar você".

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Valério conta, ainda, que repassou R$ 512.337 do esquema para financiar a campanha de Humberto Costa (PT) ao governo de Pernambuco, em 2002. O senador nega.

Com as revelações, a possível estratégia de Valério é buscar a sua inclusão no programa de proteção a testemunhas, o que poderia reduzir a sua pena.

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O ministro Marco Aurélio Mello apresentou, no dia 5 de dezembro, a sua proposta de revisão das penas dos condenados no processo do mensalão para diminuir o tempo de cadeia dos considerados culpados. Para o ministro, as penas definidas são “exageradas” e podem ser reduzidas se os diversos crimes cometidos forem considerados etapas diferentes de um único delito.

Para embasar seu argumento, Marco Aurélio citou o caso do publicitário Marcos Valério, considerado operador do mensalão. Ele foi condenado a 40 anos, quatro meses e seis dias de prisão por cinco crimes.

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