Dirceu critica candidatura de Randolfe e defende PMDB

"A oposição perdeu nas urnas as eleições para o Senado da República em 2010. Foi o povo, portanto, que deu ao PT e ao PMDB o direito de indicar o candidato a presidente da Casa", escreveu o ex-ministro José Dirceu em seu blog, em defesa da candidatura de Renan Calheiros (PMDB-AL) à presidência do Senado. Ele classifica algumas das propostas alternativas do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) de "demagógicas"

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247 - Após vários protestos no Senado, surge, enfim, alguém para defender às claras a candidatura do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) à presidência do Senado. O ex-ministro José Dirceu, condenado na Ação Penal 470, publicou um texto em seu blog dizendo que a candidatura alternativa apresentada pelo senador Randolfe Rodrigues (PSol-AP) tem como meta "desorganizar a base de apoio e a maioria do governo".

"Randolfe já foi candidato a presidente do Senado e perdeu feio", lembra Dirceu, dizendo que "o PSOL de Randolfe abandonou de fato qualquer veleidade de esquerda e se alia aos piores adversários do PT". "Atuam escondidos numa retórica moralista com o único objetivo de desorganizar a base de apoio do governo e a maioria parlamentar construída no Senado pelas urnas e não pelo governo ou pela presidência ou Mesa do Senado", continua.

Também sobrou para o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), autor de um manifesto intitulado "Uma nova presidência e um novo rumo para o Senado". "Como vocês vêem, algumas das propostas são demagógicas, como esta de sessões de 2ª a 6ª", avalia Dirceu. Leia a análise abaixo:

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A candidatura Randolfe: para desorganizar a base de apoio e a maioria do governo

Com o apoio de um grupo de senadores autodenominados independentes, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) lançou sua candidatura à presidência do Senado para a eleição do dia 1º de fevereiro próximo. Vai disputar com o líder do PMDB - e favorito -, senador Renan Calheiros (PMDB-AL).

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Randolfe já foi candidato a presidente do Senado e perdeu feio. Dois anos atrás lançou-se contra o senador José Sarney (PMDB-AP) e teve apenas oito votos, mesmo sendo a votação secreta. Agora sua candidatura foi articulada em jantares que costumavam reunir 11 dos 81 senadores - os 11 podem ser exatamente o número de votos que ele terá no próximo dia 1º.

Como vemos, o PSOL de Randolfe abandonou de fato qualquer veleidade de esquerda e se alia aos piores adversários do PT. Atuam escondidos numa retórica moralista com o único objetivo de desorganizar a base de apoio do governo e a maioria parlamentar construída no Senado pelas urnas e não pelo governo ou pela presidência ou Mesa do Senado.

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A oposição perdeu nas urnas em 2010

A oposição perdeu nas urnas as eleições para o Senado da República em 2010. Foi o povo, portanto, que deu ao PT e ao PMDB o direito de indicar o candidato a presidente da Casa a ser eleito democraticamente pelos senadores e senadoras que compõem a maioria para montar uma Mesa proporcionalmente à representação dos partidos. Como manda a boa prática democrática.

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Como manda a praxe reconhecida inclusive pelos chamados independentes. Eles a reconheciam quando julgavam até a semana passada que o ideal seria ter um candidato da base aliada e de preferência do PMDB (tentaram o senador Luiz Henrique - PMDB/SC, que não aceitou), já que o PMDB tem direito, por ser a maior bancada, a eleger o presidente do Senado.

O senador do PSOL anunciou que sai candidato tendo como plataforma de campanha um manifesto redigido pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que prega novas práticas na Casa para tentar resgatar sua credibilidade. Lutar por esse resgate é muito bom e necessário.

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Algumas propostas são demagógicas

O texto de Cristovam, intitulado "Uma nova presidência e um novo rumo para o Senado", lista exemplos de ineficiência do Senado e critica sua falta de transparência e faz propostas mais  concretas, como lutar por pontos da reforma política, ter votações de 2ª a 6ª - hoje elas são só 3ª e 4ª - e uma reforma na consultoria jurídica da Casa para evitar episódios como a cobrança de dívida de parte do Imposto de Renda (IR) dos senadores, não recolhido pelo Senado.

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Como vocês vêem, algumas das propostas são demagógicas, como esta de sessões de 2ª a 6ª. Outras, como a retomada da reforma política - ou de alguns pontos dela - são mais do que necessárias. Mas, para colocá-las em vigor, basta os partidos que representam os senadores signatários da candidatura Randolfe as colocar em prática quando participam da Mesa do Senado. Simples.

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