Dilma põe limite ao PMDB: "Não negocio o essencial"

Principal aliado do governo, partido almeja a presidência da Câmara e do Senado e, nos bastidores, volta a cobrar mais espaço no Planalto, como em ministério para os quais possa indicar todos os cargos da pasta; enquanto isso, o vice-presidente da República e presidente licenciado da sigla, Michel Temer, reforça que agora "é a vez do PMDB"

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247 – O espaço que o PMDB quer no Planalto pode estar chegando ao limite para a presidente Dilma Rousseff. Principal aliado do governo federal, o partido que preside o Senado já há seis anos consecutivos articula para também presidir a Câmara dos Deputados em 2013. Além do comando no Congresso, nos bastidores a legenda cobra ainda mais espaço no governo, como em ministérios para os quais teria a liberdade de indicar todos os cargos da pasta. Na minirreforma ministerial de Dilma, o partido já deverá ganhar uma pasta, numa compensação a Gabriel Chalita, que apoiou Fernando Haddad (PT) no segundo turno da eleição municipal de São Paulo.

Ciente de que o partido ficará mais fortalecido ao presidir as duas casas ao mesmo tempo, a presidente Dilma se prepara para colocar um freio. "Eu não negocio no essencial. Negociar não é capitular. Portanto, quando negocio, não entrego tudo o que é essencial", desabafou a presidente, sobre a ambição da legenda, segundo nota do jornalista da Globo Gerson Camarotti, em seu blog.

Apesar do limite que começa a ser imposto por Dilma aos peemedebistas, o vice-presidente e presidente licenciado da legenda, Michel Temer, reforça o desejo de estar nos holofotes. "É a vez do PMDB", disse ele, acrescentando que a eleição do deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) à presidência da Câmara atende ao princípio de proporcionalidade.

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"Na Câmara, pelo princípio da proporcionalidade, cabe agora (a presidência) ao PMDB. No Senado, (o PMDB) tem a maior bancada e regimentalmente a maior bancada tem a presidência. Há um rodízio entre PT e PMDB. Agora, é a vez do PMDB", disse Temer na última quinta-feira 17, durante um jantar de apoio a Henrique Alves, num restaurante no bairro dos Jardins, em São Paulo.

Reclamação antiga

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Não é de hoje que o PMDB reclama por mais espaço ou por diferença no tratamento dado pela presidente da República. Em março do ano passado, 45 deputados insatisfeitos do partido chegaram a assinar um manifesto em protesto contra a hegemonia do PT. No texto, que foi entregue a Michel Temer e ao presidente em exercício da legenda, senador Valdir Raupp (RO), os parlamentares reclamavam "da relação desigual e injusta" por parte do governo ao PMDB e falta de espaço no Planalto.

Reunião com caciques

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Preocupada nesta semana que conflitos internos do PMDB pudesse prejudicar seu apoio à reeleição em 2014, a presidente Dilma chamou para conversar, separadamente, Temer e o presidente do Senado, José Sarney (AP), a fim de tomar conhecimento sobre os principais passos da legenda. Fatos recentes deixaram faíscas entre peemedebistas: um racha decorrente da disputa pelo cargo de líder do partido na Câmara e denúncias contra Henrique Alves, que poderiam vir de fogo amigo.

Durante a conversa, o governo confirmou seu apoio aos nomes de Henrique Alves para a Câmara e a volta de Renan Calheiros (AL) para a presidência do Senado. Dilma também deixou claro que não quer que as brigas internas prejudiquem seus próximos dois anos de mandato. Afinal, com o baixo crescimento econômico, há muito trabalho para o próximo biênio.

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