Renan diz que denúncia de Gurgel é suspeita e política
"O inquérito é de agosto de 2007 e, apesar de se encontrar parado na Procuradoria da República desde fevereiro de 2011, a denúncia foi protocolada exatamente na sexta-feira anterior à eleição para a Presidência do Senado Federal", critica o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), em nota, a denúncia apresentada contra ele pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ao Supremo
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247- Favorito na disputa pela presidência do Senado, que será decidida na próxima sexta-feira, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) divulgou nota neste sábado 26 para criticar o momento escolhido pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para apresentar ao Supremo Tribunal Federal uma denúncia contra ele (leia mais). Para o peemedebista, a atitude de Gurgel "padece de suspeição e possui natureza nitidamente política".
"O inquérito é de agosto de 2007 e, apesar de se encontrar parado na Procuradoria da República desde fevereiro de 2011, a denúncia foi protocolada exatamente na sexta-feira anterior à eleição para a Presidência do Senado Federal", argumenta nota divulgada pela assessoria de imprensa de Renan. "Trata-se de atitude totalmente incompatível com o habitual cuidado do Ministério Público no exercício de suas nobres funções", segue a mensagem.
Na nota, a assessoria do senador ainda destaca que foi o próprio Renan que solicitou as investigações ao Ministério Público e à Receita Federal na época dos fatos. "Ele mesmo forneceu espontaneamente os documentos -- todos verdadeiros -- além dos sigilo bancário, fiscal e telefônico", diz a mensagem. Ainda de acordo com a nota, Renan "é o maior interessado" no caso.
O caso, em que ele é acusado de ter editado notas frias ao negar que um lobista teria pago contas particulares suas,e que agora será analisado judicialmente, foi julgado em 2007 pelo Senado. Na ocasião, Renan acabou sendo absolvido, mas para isso teve que deixar a presidência do Senado, cargo que então ocupava.
O caso em questão diz respeito às notas dos "bois de Alagoas", investigação decorrente das suspeitas de que, em 2007, o então presidente do Senado tinha despesas pagas por um lobista -- a história o levou a renunciar à presidência do Senado. "O senador Renan Calheiros lamenta a injustificável demora e agora a acusação, já julgada pelo Senado Federal, também será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, num ambiente de imparcialidade", diz a nota divulgada pelo senador neste sábado.
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